"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Caindo as escadas

Ilustração de Christoph Guher
Uma das melhores coisas que podem nos acontecer vira e mexe é ser ignorado/rejeitado. É uma coisa que geralmente (talvez por carência) faz você parar e pensar: "Nossa, não sou tão importante assim." Não somente isso, mas é um momento que lhe garante uma reflexão sobre o que você está passando, quem você é, por que você quer aquilo que não recebeu (quase sempre um tipo de reconhecimento, muitas vezes vulgar) e por que você acha, mesmo que inconsciente, que o outro tem que lhe dar isto que você acredita ser merecedor de receber.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Peças quebradas não montam quebra-cabeças.


Não se trata de simplesmente querer ficar só (saber que precisa) ou deixar de fazer certas coisas por uma certa pressão religiosa, querer obedecer os "padrões" impostos ou qualquer coisa assim. Cada vez mais eu respeito esse padrão, porque quando eu desobedeci me tornei o que estou agora. E é difícil conviver com seus monstros e lembranças, culpa, medo, angústia, vergonha e desejos. Não se trata de eu ter sido vítima algum dia, de alguém ter chegado e destruído alguma coisa, roubado um pouco do que eu era, pode acreditar, nunca fui santa. Não se trata de eu ser mulher e ter sido abusada de alguma forma, não se trata de não terem me instruído, não se trata de nada disso. O lance é o seguinte: não importa o que fizeram, importa o que eu quero que façam. Importa que vira um vício.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Ceia de lágrimas

Eu fiz um super resumo em outra rede sobre o que vou contar aqui com um pouco mais de detalhes e vírgulas. Pra quem não sabe, sou cristã. Pra quem não sabe, sou protestante. Tradicional (não significa conservadora). E não sou batizada, embora tenha virado protestante já desde os 15 anos. Por quê?

Primeiro: nunca me liguei com isso logo que tive consciência da minha relação com Deus, nunca me senti pressionada, nunca senti a "necessidade", nunca fui atrás, até me perguntaram algumas vezes, mas, enfim, por alguma questão, isto nunca foi pauta. Sou batizada na igreja católica, mas isso rolou quando eu tinha 3 meses (sem consciência alguma) e o batismo da igreja católica tem uma tonalidade bem diferente do protestante por questões teológicas bem mais profundas (batismo regenerador ou não e etc., não convém falar disso agora).

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Jesus que João me apresentou

Vinte e um capítulos, uma leitura sem ajuda de comentadores e uma pessoa um pouco mais madura relendo-o depois de mais de 3 anos. Este é um panorama geral da minha leitura de João, um dos evangelhos da Bíblia. É a segunda vez que o leio (e até o fim da vida, eu o lerei muito mais, espero!) e o fiz com muita calma... Um trechinho por dia, lendo e relendo os versículos e procurando algo novo, algo que talvez eu ainda não tinha visto, uma palavra que talvez signifique mais, um gesto que tinha passado despercebido e assim vai...



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quando o Senhor te segura...

Texto resgatado do antigo blog, escrito em 22 de janeiro de 2010.

"Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá:"
(Sl 37: 4-5) 
"O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada; ainda que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela mão."
(Sl 37:23-24)

Quando aceitamos a Jesus Cristo começamos a ter uma vida plena, quando esta aceitação é verdadeira, obviamente. A palavra "plena" faz-nos achar que não teremos mais problemas. Infelizmente muitas pessoas só vão atrás Dele quando se encontram em situações triste e desesperadoras. O fato é que nem sempre é assim.

 

domingo, 22 de junho de 2014

Perdão é para os fortes.


Eu aprendi a teoria, e confesso que a teoria é difícil. Mas não é impossível de entender. Parto do maior exemplo de perdão que tenho e que acredito que o mundo tem: o de Jesus.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Feminismo - Cristianismo - Desconhecimento




Não sou uma teórica a respeito do feminismo, não tenho todas as leituras essenciais do mundo, mas me interesso pelos assuntos a respeito de gênero, e se você lê meu blog já deve ter percebido que vez ou outra escrevo algo a respeito, geralmente de tom pessoal, mas, enfim, são questionamentos que acredito que não sejam apenas meus. Bem, hoje vim aqui tecer uma crítica a uma crítica, não é nada muito elaborado, mas apenas a título de informação mesmo.

A crítica que tecerei é a respeito deste texto:

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ainda me sinto culpada


Sabe, Jesus... Eu sei que você sabe, eu sei que você sabe que eu sei. Eu sei, meu Deus, que eu errei. Já pedi desculpas tantas vezes, já me arrependi... Já perdoei, pelo menos tentei, mas eu sei que você sabe que eu também sei que ainda não consegui perdoar. Jesus, eu fico me perguntando se eu de fato te conheço, se eu de fato sou cristã, se eu de fato sou alguém por quem você daria a vida... Eu não me sinto um bom exemplo e aposto que tem mais de uma dúzia de pessoas por aí pra confirmar isso. Eu me pergunto porque, por que eu não consigo superar? Por que eu não consigo me tratar disso? Por que eu não esqueço? Por que eu não consigo perdoar?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Apenas as inevitáveis, please.

Eu me preocupo muito fácil e já tenho absoluta certeza de que as coisas não devem ser assim. Preocupações são necessárias, às vezes inevitáveis, mas não devem tomar boa parte do nosso tempo, afinal, nosso fardo é leve e se Deus cuida até dos passarinhos, que dirá de nós que somos seus filhos e parte essencial da criação. O problema é que costumamos nos preocupar por antecipação, sem nem sequer saber se irá ocorrer ou não. Quando se trata de "será que aquele assunto vai cair na prova?", tudo bem... Até vai, mas um "será que ainda gosto dele?" é um problema. Já é um problema a existência da dúvida a respeito de sentimentos desse tipo, mas essa preocupação que a dúvida gera, que aliada às necessidades da convivência e da existência REAL das coisas e das pessoas, isso piora tudo, porque te paralisa. E então você começa a fugir de qualquer coisa que você julga poder ter o poder de te lembrar de algo que você julga ter sido único e maravilhoso e muito importante e forte e etc... Com o passar do tempo todos os contextos vão sendo deixados pra trás e pra trás e você continua com medo de que, ao entrar em contato, tudo volte. É muito boa a sensação de entrar em contato e ter a certeza de que realmente não se sente mais nada. É libertador olhar pra trás e não ter nenhuma dor de estômago, nenhuma dúvida, nenhuma dor de cabeça... Mas, melhor que isso, é viver o presente, com memórias fresquinhas, e também não se sentir nada. Olhar nos olhos, falar, não ter vontade de puxar conversa, não ter vontade de estar perto, é bom.

Eu pedi a Deus que me ajudasse a ficar tranquila, me isolei e tive um surtinho passageiro e só o que conseguia pedir era: "Pai, me tranquiliza", só o que eu conseguia dizer era: "Pai, eu não posso ser tão ruim assim", só o que eu conseguia perguntar era: "Pai, o Senhor ainda me ama? Então me tranquiliza, me ajuda, me carrega no colo". Eu pedi colo a Deus, porque colo de ninguém estava servindo e eu desejava colo de quem eu não poderia ter. Eu pedi por tranquilidade porque preocupações desse tipo e outras mais estavam me consumindo. Eu descobri que Deus não suporta ver uma filha sofrendo.

(1) Tumblr

sábado, 15 de junho de 2013

Mas que livro eu seria?

Eu seria um livro desses que não é muito caro e é distribuído comercialmente em uma quantidade considerável, em uma quantidade suficiente pra ficar na biblioteca das escolas ou em algumas estantes de adolescentes fora de suas épocas. Eu seria um desses livros que não é relido umas trezentas vezes, mas que lido uma vez, pronto, tá bom, se causou diferença, causou, se não, tudo bem, se pelo menos não ficar naquelas listas de piores do ano, está ótimo. Nem precisa me comprar, posso ser um desses livros que é emprestado, vai de mão em mão porque alguém disse que é bom e passa, e aí passa, passa, passa, todo mundo leu, gostou, devolveu ao dono, pronto. Fez o que tinha fazer, passou por onde tinha que passar, foi lida por quem tinha e quis ler, ficou com algumas páginas rasgadas, as orelhas machucadas, a capa amassada, mas está ali ainda e a história não se perdeu. Pronto. Minha história seria uma tragicomédia, porque rir é o que há de melhor pra se fazer, e porque eu não preciso mais me preocupar tanto assim com tudo, nem me culpar por tudo o que aconteceu. Eu não me escreveria, longe de mim, não aguento autopromoção, autobiografias e etc.Não confio em mim mesma nem no que porventura escrevo, daqui a alguns dias eu posso negar, desconstruir e desconfiar de tudo isso que tô escrevendo agora. Eu seria só mais um personagem, uma ideia de um autor que tem uma ideologia e colocou no papel, seria só mais um de seus milhões de livro e com certeza eu não seria o livro mais livro. Esse Livro já existe. Esse Livro é Ele, não eu. E isso é que é o bom. O livro não seria "eu ali", não seria meu, eu não seria de mim, eu não seria a melhor. Estou aprendendo a me negar.

Imaginei a minha morte e fiquei muito feliz. Não, não fiquei com vontade de morrer nem estou querendo me suicidar, mas fiquei feliz porque não me preocupei tanto comigo na minha morte. Eu me preocupei com quem estava ao meu lado desesperado e lembrei, por poucos instantes, das pessoas que eu estava deixando pra trás... E não me preocupei também. Fiquei muito tranquila e acho que isso tem a ver com a tranquilidade e confiança que estou aprendendo diariamente a ter em Cristo. Eu não me preocupei porque sabia que alguém melhor que eu podia cuidar de cada um, porque aprendi que ninguém "depende" de ninguém.

Eu estou aprendendo a me negar, a desapegar de mim mesma, a cair na real: não precisam de mim. Não sou eu que faço o trabalho, não sou eu a responsável pelo trabalho dar certo ou não, não preciso nem quero nem tenho que ser conhecida ou reconhecida, eu não. Não preciso nem tenho que depender de alguém, se não Ele. Não preencherei o vazio de ninguém, assim como ninguém preencheu o meu até hoje. Isso É ÓTIMO! Isso é me "desreponsabilizar", no melhor sentido e pro melhor motivo. Só Ele pode, e pra isso é preciso que eu me negue. Negando-me é possível que tudo isso seja preenchido. Aí vem a calmaria, aí vem a segurança, aí vem a certeza, ... E junto com tudo isso, vem a minha cruz. Tomo a minha cruz, Senhor. Eu tomo a minha cruz e Te sigo, porque o Senhor pode me ajudar a carregá-la, porque já me neguei, já sei, não posso carregar sozinha, não aguento esse peso todo e não tem motivo pra isso... Se o Senhor diz que meu fardo é leve, então eu acredito. Eu me nego, eu tomo a minha cruz e eu Te sigo. Eu me nego e aí fico tranquila, porque dessa maneira o Senhor pode entrar, fazer o que quiser comigo. Eu não quero reagir à tua ação.

Eu me nego, eu tomo a minha cruz e eu Te sigo, Senhor. Te seguindo, ela fica bem mais leve, me negando, eu fico bem mais leve! Aí eu entendo, Senhor. Eu entendo o que queres dizer com a liberdade que a Graça me dá! Eu entendo porque a Graça faz sim todo o sentido pra mim... Porque que, se eu não me negar, não me desvencilhar de mim mesma, eu caio na mesma rede, eu caio nos mesmos erros e tudo parece tão pesado de novo... Eu entendo também porque mesmo te seguindo com uma cruz nas costas as coisas ainda ficam leves, o problema não causa tanto medo, e se causar, ainda estou firme. E daí?

Esquecer de mim foi a melhor escolha que fiz. Não querer me sentir importante foi a melhor coisa que fiz. Não me importar se não se importam comigo foi a coisa mais tranquilizadora, mais consoladora e libertadora que fiz! Isso, peço, não confundir com indiferença ou excesso de amor próprio, não se trata disso, é o inverso disso. Não sentir mágoa nem rancor nem dúvida do carinho/afeto que podem sentir por mim, ou não, mesmo se não fui esperada, ou não. Não me preocupar nem me doer se no fundo só me querem tão bem também porque sou apenas necessária, não tanto pelo que sou e por conta disso posso oferecer. Não sentir que isso tudo é porque a minha mãe não me esperou, nem se preocupou em que nome dar pra mim, se não teve festa quando eu nasci, se um dia minha morte foi esperada e até pedida, eu não me entristeço. Isso tanto faz. Eu não sei por que eu deveria mesmo ser motivo de sofrimento ou preocupação pra tantas pessoas. Se tudo isso talvez foi o motivo de eu ficar assim tão "mal-amada" por mim, então tudo bem. Que que tem? Eu tô tão tranquila, o amor que eu conheci e recebo transborda, passa disso, vai além. Não que não seja importante, é importante como uma piada é. Passam a ser só umas histórias pra contar, não motivo de preocupação ou revanche. Simples assim.

"Pra dilatarmos a alma temos que nos desfazer, pra nos tornarmos imortais a gente tem que aprender a morrer com aquilo que fomos e aquilo que somos nós..."
(O mérito e o monstro - O Teatro Mágico)

"... negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me." (Mt 16:24b)

E como um girassol, Senhor, eu me coloco diante de ti...

e com é bom também!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Se eu puder ou não, te consolo e descanso.

Um dia eu orei: 
"Senhor, me use, que eu seja um objeto em tuas mãos, que as pessoas te sintam quando chegarem perto de mim. Não por mim, mas por Ti."

Eu quero que as pessoas sintam o mesmo consolo e amor que eu sinto que Jesus tem por mim e o quanto estou cada dia mais descansada por tentar permanecer Nele, quero que sintam o quanto Ele nos quer por perto, muito mais, infinitamente mais, do que o que eu posso sentir por Ele. Eu orei e tive respostas diversas nos dias seguintes. Certa vez, num ensaio de um grupo de teatro que participei por pouco tempo, eu não precisei falar nada, mas um dos atores, jovem e homossexual, me perguntou: " você acredita em Deus, Steffi?". Eu fiquei feliz, eu não precisei falar, mas ele se sentiu à vontade pra contar as suas coisas. Tempos depois continuo fazendo a mesma oração e agora as respostas vêm de outras maneiras:
"Steffi, não sinto mais vontade de viver. Não aguento mais esse lugar."
"Steffi, estou péssima, aconteceu isso, isso e isso, não aguento mais, quero interná-lo"
"Steffi, estou tão mal, não sei o que está acontecendo, estou em crise"...
Eu posso tentar ser compreensiva e responder apenas baseando-me no que aprendo vira e mexe nas aulas do meu curso, de certa forma, acredito que é isso que as pessoas procuram às vezes em mim, mas como não dizer nada sobre Aquele me consola? Independente deste meu conflito, é importante dizer também o quanto a profissão que eu escolhi pra mim tem a ver com essa vida louca que eu levo. O quanto eu posso servir mesmo sem falar sobre Ele, mas falando de todos os jeitos ao mesmo tempo...

Ouço coisas tão tristes, vejo contextos tão desoladores que, de fato, parece que os problemas não têm soluções. Eu gostaria de dizer palavras diretas e bonitas e as pessoas simplesmente sentirem. Como falar para alguém que não crê e parece estar tão longe disso que, há sim alguém que é real, que não é simples imaginação, que de fato consola, que de fato tira o peso das nossas costas, que deixa nosso fardo leve?

Como falar? Às vezes não tem como falar, já aprendi. Às vezes, na maioria das vezes, o melhor falar é o abraçar, o melhor falar é o ouvir, o melhor falar é não julgar nem ficar identificando problemas a serem resolvidos, às vezes o melhor falar é só estar ali ao lado.

Vejo as pessoas saindo pro "campo" de evangelismo e contando quantas almas fizeram crer... Eu não consigo, desculpem-me. Desculpem-me se eu não consigo fazer as pessoas crerem, desculpem-me se eu realmente não gosto disso, desculpem-me se não gosto desses métodos, desculpem-me mesmo, peço no entanto, que me entendem: eu não vivo numa redoma, eu não vou ao "campo", eu estou o tempo todo nele, e acreditem: não é fácil. Não estou dizendo que o que eu faço (que na verdade é muito pouco) é mais importante ou melhor, não quero desmerecer quem ninguém que trabalhe dessa maneira, só digo que eu não me encaixo nela.

É muito simples identificar um dependente químico quando ele está na rua sem ninguém, é visível. Mas identificar os que estão dentro de casa, os que sorriem, os que andam com você o tempo todo, o que está debaixo do seu teto, é difícil. É difícil manter relacionamentos, é difícil ser amável ao mesmo tempo que é necessário ser duro em alguns momentos. É complicado pra alguém que tanto já apanhou entender Jesus como Salvador e Senhor. É difícil saber que alguém precisa de Jesus naquele momento e ainda assim a pessoa O nega. 

Evangelizar pessoalmente, sem esperar que a pessoa se converta, tem sido uma questão crucial na minha vida. As pessoas que aparecem pra mim parecem tão ou mais problemáticas do que eu. E como ajudá-las se ainda nem me resolvi? O que falar? Como falar? Todos os dias eu acordo pensando nisso, pensando em como ajudar essas pessoas... Que eu amo tanto, que eu amo tanto, que eu amo tanto...

Antes eu me preocupava muito em ter o que dizer, ter que fazer, ter o que e que falar, preocupava-me com a minha eficiência em servir aquela pessoa, mas eu também tenho problemas, eu também estou sendo diariamente tratada, e é por isso que, eu tendo ou não o que fazer, descanso: o trabalho não é meu. Se elas se sentem à vontade comigo, ouço, se eu tiver o que falar, falo, se tiver como abraçar, abraço, choro, oro... Eu faço o que acho que posso fazer, porque o resto não é comigo. E se eu não puder fazer nada além de orar em casa, então não faço nada além disso, o trabalho não é meu.

Uma musiquinha simples me consolou tanto esses dias, eu entendi mesmo como algo de Deus especificamente pra mim, como um consolo, um leve "puxão de orelha":


"Não tenhas sobre ti um só cuidado, qualquer que seja, pois um, somente um, seria muito para ti. É Meu, somente Meu todo o trabalho, e o teu trabalho é descansar em Mim. Não temas quando enfim, tiveres que tomar decisão, entrega tudo a Mim, confia de todo o coração." Milad



Nem sempre vou poder dizer algo que faça você se sentir bem, mas eu sempre estarei aqui, sem esperar retribuição, eu tentarei, sem esperar te transformar num crente, sem esperar que entenda tudo o que porventura eu tente te explicar. Eu não sou Deus, mas tenho um que pode te acalmar. Eu sou crente, mas não espero que você se torne um pelo o que eu disser, e sim porque você precisar saber que precisa Dele, eu posso te avisar, mas só você pode decidir crer, depende de você e Dele. 



sexta-feira, 24 de maio de 2013

Não desista :)

"Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus." Neemias 1:2-4

Neemias tinha em seu coração a vontade de fazer algo por sua cidade, por seu povo... E pedindo a orientação de Deus descobriu o que deveria ser feito. Em seu coração o desejo de reconstruir a cidade de seu povo queimava... E Ele só podia confiar em Deus para que tal feito fosse cumprido.

"No mês de nisã do vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir-lhe o vinho, levei-o ao rei. Nunca antes eu tinha estado triste na presença dele, por isso o rei me perguntou: Por que o seu rosto parece tão triste, se você não está doente? Essa tristeza só pode ser do coração! Com muito medo eu disse ao rei: Que o rei viva para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, se a cidade em que estão sepultados os meus pais está em ruínas, e as suas portas foram destruídas pelo fogo? O rei me disse: O que você gostaria de pedir? Então orei ao Deus dos céus, e respondi ao rei: Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a sua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para que eu possa reconstruí-la." Neemias 2:1-5 "(...)Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim, o rei atendeu os meus pedidos" Neemias 2:8

A vontade de Neemias, vontade de Deus também, foi feita. Mas as dificuldades apareceram:

"Os oficiais não sabiam aonde eu tinha ido ou o que eu estava fazendo, pois até então eu não tinha dito nada aos judeus, aos sacerdotes, aos nobres, aos oficiais e aos outros que iriam realizar a obra. Então eu lhes disse: Vejam a situação terrível em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e suas portas foram destruídas pelo fogo. Venham, vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não fiquemos mais nesta situação humilhante.Também lhes contei como Deus tinha sido bondoso comigo e o que o rei me tinha dito. Eles responderam: Sim, vamos começar a reconstrução. E se encheram de coragem para a realização desse bom projeto. Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: O que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei? Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem-sucedidos. Nós, os seus servos, começaremos a reconstrução, mas, no que lhes diz respeito, vocês não têm parte nem direito legal sobre Jerusalém, e em sua história não há nada de memorável que favoreça vocês!" Neemias 2:16-20

Existiam pessoas que estavam dispostas a atrapalhar os planos... Mas Deus estava com Neemias... E Neemias passou por várias delas até que a obra fosse concluída.

"(...) essa obra havia sido executada com a ajuda de nosso Deus." Neemias 6:16

Assim é que ocorre com a nossa vida. Muitas vezes Deus coloca planos em nossas vidas, metas... E ele prepara tudo para nós durante todo o caminho pelo qual andaremos, mas as dificuldades sempre aparecem, às vezes por tentações, às vezes por formação de caráter, e às vezes por conta de nossos próprios erros... O que é discutível realmente é a opção de desistência que essas dificuldades nos impõem... Atenção: OPÇÃO. Porque você também pode optar por seguir em frente, na permanência do amor de Deus e sair vitorioso.
Sempre.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ser é o Bastante - felicidade à luz do Sermão do Monte

Livro escrito por Carlos Queiroz: casado, dois filhos, é pastor da Igreja de Cristo no Brasil e se identifica como  "um discípulo de Jesus Cristo cuja missão é expressar o amor a Deus e a todas as pessoas, vivendo e proclamando e evangelho de Jesus Cristo". Acredita que os valores e princípios necessários à vida estão no sermão do monte e vive cativado pela crença de que é possível desfrutas plenamente de todos eles. Foi diretor da Visão Mundial Internacional em Angola, diretor executivo da Visão Mundial Brasil e presidente do 2º Congresso Brasileiro de Evangelização (CBE2). É diretor executivo da ONG Diaconia.

Esta descrição é a que há no livro, também faço questão de fazer a minha descrição: uma pessoa simples.

Não é de meu interesse falar sobre o autor e sim sobre o livro, mas como o conheci, é quase impossível não fazer automaticamente a ligação entre a pessoa que ele é o que ele escreveu e entendeu. De fato há coerência entre essas duas dimensões e isso aumenta muito a credibilidade de um livro de cunho cristão.

O livro fala sobre justiça, coerência, legalidade, alguns erros das igrejas-instituições, sobre amizade, sobre jejum, sobre pregar o Evangelho com verdade, sobre ter os "olhos limpos", sobre um Jesus único que ensinou e ensina como ninguém, sobre sua singularidade como homem e como Deus. 

Entrou pro daqueles que eu digo: "mudou a minha vida", traz interpretações e informações que não serão esquecidas e te emocionam, abre seus olhos. Ser é o Bastante é uma leitura muito agradável, de uma simplicidade imensa, algo quase  "didático", pra fazer você entender mesmo, mas sem parecer um manual de livro de autoajuda pra conseguir a "felicidade". Quando conheci o Carlos Queiroz, em um curso de férias da ABU, não havia um dia sequer em que eu não chorava, também não houve um capítulo sequer deste livro que não deixou uma marca em mim.

E não foi o Carlos Queiroz, não foi o livro em si, mas a forma como Jesus se apresentou e foi apresentado a mim desta vez que me fez gostar demais deste livro. A forma como Jesus quer que sejamos felizes. Recomendo mesmo.

"Na tentativa de perceber Jesus, deparei-me como um Ser Divino e humano transitando entre ricos e pobres, comendo com publicanos e pecadores e, ao mesmo tempo, dialogando com religiosos; esteve entre a plebe e o palácio; à beira do caminho e na sinagoga. Aliviando dores e provocando sofrimentos, construindo a paz e estabelecendo outras guerras. Conheci Alguém com jeito de gente grande, plena maturidade." (p. 15)
"Felizes, portanto, são aqueles que, vislumbrando o Inominável, Indescritível, o Ser que escapa a todas as categorias racionais, se reconhecem demasiadamente indignos, pobres, não tendo absolutamente nada que a Ele possam oferecer. E são felizes porque, a despeito dessa condição, sentem-se acolhidos e amados por Ele. As demais bem-aventuranças são desdobramentos da conexão do discípulo com a Fonte da Vida." (p. 56)




sábado, 16 de fevereiro de 2013

Cristo é o Senhor - Dionísio Pape

Cristo é o Senhor --
80 p.; R$14 na Ultimato. ABU Editora.
O livro Cristo é o Senhor com certeza é uma leitura obrigatória para todo aquele que quer servir a Deus. A linguagem é muito simples, te confronta em alguns momentos e elucida muitas coisas, que na verdade já foram ditas, mas que esquecemos, como a de que Cristo é o Senhor! Dionísio Pape trilha um caminho conosco nos mostrando com poucas palavras que Cristo é Senhor primeiro, antes mesmo de ser Salvador, e temos que aceitar isso também, não só receber com alegria a graça de ser salvo.

Como ele salienta:
"Quem anuncia que Jesus salva, anuncia a boa nova. Salienta o imenso benefício oferecido ao homem pecador. Mas não há privilégio sem responsabilidade, nem bênçãos sem condições. Não se pode oferecer um Cristo Salvador sem dizer que ele é Cristo o Senhor. Se separarmos os dois aspectos da mesma verdade, somo infiéis a Deus e aos homens também." (p.38). 
Pensando assim foi que me dei conta de quantos se dizem cristãos só por terem aceitado a salvação, isso é bom, é ótimo, não é pouca coisa jamais, mas e a parte difícil? A parte de ter que renunciar, de se render ao senhorio Dele? Às vezes deixar o que é daqui é muito doloroso e muitos não aceitam. Pape passeia por essa discussão, por Cristo Senhor da Igreja, da História, da Política e do Universo.

Agora um recadinho de Dionísio Pape à Aliança Bíblica Universitária (ABU - da qual fala em algumas partes do livro informações históricas muito interessantes):
"Os nossos grupos nas universidades, como as igrejas, tentam obter adeptos para a causa de Cristo. Tais adeptos serão conseguidos com muito mais facilidade se se proclamar Jesus como Salvador, sem mencioná-lo como Senhor, a quem se deve obediência incondicional. Um momento de reflexão mostrará que tal método enche a comunidade cristã de elementos inúteis, visto que não se submetem em tudo à Cabeça, Cristo." (p. 56)
Doeu? Em mim sim. Não só essa parte como muitas outras. Por isso é bom ler para enxergar esses "detalhes", que não são tão pequenos assim. Leia também e avalie =)

Proclame essa verdade: a de que Cristo é Senhor de tudo! Se as coisas estão muito fáceis, tem algum problema.

Quem é Dionísio Pape?
Robison Cavalcanti escreveu sobre Pape em um artigo publicado no PavaBlog, um trechinho:

"Uma figura notável de missionário estrangeiro entre nós foi o inglês Dionísio (Denis George) Pape, escritor, professor de vários seminários teológicos, expositor bíblico e pioneiro na implantação da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABU) entre os estudantes universitários e pré-universitários no Norte e Nordeste. Durante quatro anos (1966-70) ele foi o meu discipulador, investindo na minha formação, como fez com outros líderes da nossa geração. Dionísio era uma pessoa emocionalmente equilibrada e intelectualmente profunda, por trás de uma grande simplicidade e uma busca de mergulhar em nossa cultura. Avesso ao extremismo fundamentalista e, como europeu, escaldado do veneno do liberalismo, era um evangélico (“evangelical”) convicto e militante."



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Não é qualquer um!

"Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem desanimem por causa do rei da Assíria e do seu enorme exército, pois conosco está um poder maior do que o que está com ele.Com ele está somente o poder humano mas conosco está o Senhor, o nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas". E o povo ganhou confiança com o que disse Ezequias, rei de Judá." 2 Cr 32:7-8 (...) "Referiram-se ao Deus de Jerusalém como falavam dos deuses dos outros povos da terra, que não passam de obra das mãos dos homens.Por tudo isso o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amoz, clamaram em oração aos céus.E o Senhor enviou um anjo, que matou todos os homens de combate e todos os líderes e oficiais no acampamento do rei assírio, de forma que este se retirou envergonhado para a sua terra. E certo dia, ao adentrar o templo do seu deus, alguns dos seus filhos o mataram à espada." 2 Cr 32: 19-21


Senaqueribe, rei da Assíria, queria travar uma guerra contra o povo de Judá no reinado de Ezequias. Ele contava suas vitórias dizendo que nenhum outro deus de nenhum outro povo tinha aniquilado-o, tentando assim amedrontar o povo de Judá e mostrar que Deus não era páreo para ele. Temendo que o povo de Judá ficasse com medo, Ezequias e Isaías oraram a Deus, e Deus, como é fiel, ouviu as súplicas deles e fez com que todos percebessem que ELE NÃO É QUALQUER UM! 

Além de Ele ser soberano, é bondoso e fiel, nos fortalecendo e nos ajudando em nossas batalhas diárias.

AMÉM!



domingo, 23 de dezembro de 2012

É Natal.

Quando chega essa época eu fico muito diferente. Será da lua? Será que foi porque começou um novo calendário maia? O fato é que a cada ano que passa tudo vai perdendo mais ainda a graça pra mim. E isso é bom por um lado e ruim por outro. Bom porque significa que esse comércio todo em cima do Natal não me surpreende mais. Não vou ser hipócrita de dizer que não participo das confraternizaçõezinhas da época, participo sim, bem, esse ano só participei de uma, dos meus amigos eternos do 3º ano. (sim, já estamos todos velhos e na faculdade, mas ainda nos encontramos sempre que dá e nos amamos, apesar das picuinhas), mas olhem, não fiquei louca comprando presente pra ninguém inclusive nem pra mim. Pois é. Não comprei nada pra mim. Nada mesmo.

O lado ruim é que mesmo com isso tudo o Natal é uma festa! É uma data em que eu deveria estar muito feliz, porque Jesus nasceu! Pode não ter sido em 25 de dezembro, não importa, festejamos (ou deveríamos festejar) o acontecimento e não a data, ou seja, o nascimento do Salvador. O sentido disso tudo é isso TUDO!

E aí que eu caí na real hoje: cara, Jesus é muito importante. A história gira em torno Dele! Até quem não é cristão tá festejando! Pode tá  comemorando tudo errado, mas é influenciado. Bem, esse ano eu quero agradecer pelo nascimento de Jesus. Esse ano eu quero chorar e sorrir por saber que o Homem nasceu, pequenino, num lugar simples e já FORTE E IMENSO.

Como nosso (meu!) querido U2 diz em  If God Will Send His Angels:

Então onde está a esperança e a fé? E o amor...? O que você diz para mim, o amo acende a sua árvore de Natal? (...) Jesus nunca me deixa triste. Sabe, Jesus costumava me mostrar o caminho. Então puseram Jesus no show business Agora está difícil chegar à porta...

Pois é, colocaram "Jesus" no show e ele se tornou Papai Noel, que dá presentes e só isso (até a história do velho Nicolau esqueceram).

E pra terminar essa postagem curtinha, também gostaria de deixar um vídeo bem legal e bem nordestino sobre o Natal. Espero que gostem :)
 

sábado, 17 de novembro de 2012

Uma parte do Todo.

Como vocês sabem, faço parte da Aliança Bíblica Universitária do Brasil, há pouquíssimo tempo por sinal. Conheci a ABU na minha faculdade em abril. E até hoje não esqueço de como conheci o movimento. Eu não fui atrás da ABU, a ABU veio atrás de mim, se podemos assim dizer.

Eu estava no ônibus conversando com uma menina que tinha acabado de entrar no curso e uma moça linda chamada Marcela já ia descendo do mesmo, mas antes virou e falou com aquele sotaque carioca manhoso de ser: 
"Ei, 'cê já ouviu falar da ABU? A Aliança Bíblica Universitária? Acontece dia tal, tal hora, tal lugar aparece lá." 
Foi muito estranho. 

Foi uma abordagem diferente, ela não me deu nenhum panfletinho, não sentou comigo e conversou, ela só disse e se foi... Mas Deus não faz nada por acaso, minha vida não é um joguinho de quebra cabeça pra Ele.

Marcela Rocha, a flor.
Hoje eu sei que Deus usou a Marcela Rocha pra me demonstrar o Amor Dele por mim. E quantas vezes, quando estamos envolvidos com missão, não falamos sobre estratégias e mais estratégias de atingir pessoas e acabamos esquecendo que Deus usa as pessoas da maneira que Ele quer. Nunca me senti perdida nem afastada de Deus, isso eu posso afirmar com toda a certeza. Eu sei que sem Ele minha vida não tem nem teria sentido, porque eu posso ter entendido e vagado durante muito tempo procurando por Ele, mas eu sempre me senti perto Dele, não consigo explicar muito bem, mas é algo assim: sempre me preocupei com o que Ele ia achar do que eu estava fazendo. Um pensamento às vezes ingênuo, porque Deus sabe de tudo mesmo, mas que reflete a importância que Ele sempre teve pra mim.

Às vezes pedimos tanto para que Deus nos dê sinais, para ouvir a voz Dele, pra ver alguma coisa, enfim, muitas e muitas coisas, mas esquecemos das pessoas ao redor. Nossa, quanto tempo demorei pra perceber que a flor da Marcela Rocha foi simplesmente Deus agindo na minha vida!

A Marcela me abordou muito diretamente, sem ladainha nem nada, num momento onde eu estava buscando muito a comunhão e estava meio desorientada, querendo fazer alguma coisa, mas sem saber o quê. Inclusive nessa época que surgiu a ideia do Sementes, que não deu muito certo, mas me rendeu bons frutos (Juliana e Mari ♥). Através da ABU eu conheci pessoas que hoje me dão um suporte muito forte e muito importante, pessoas com quem eu sei que tenho liberdade para desabafar, para pedir orações e o melhor de tudo: que eu sei que não vão ficar me julgando.

O ano de 2012 foi e está sendo um ano muito difícil pra mim, mas um ano que agora, parando pra pensar nisso, Deus me respondeu em tudo (e ainda nem acabou!). Eu conheci o pessoal da ABU simultaneamente com a galera do CPPC - (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), que também dão um suporte muito importante na minha vida como estudante de psicologia e futura profissional cristã,daí surgiu uma ponte para eu ter conhecido a galera da Igreja Congregacional, uma congregação que sempre me recebe muito bem e me faz sentir bem. Foi um tempo que eu sei que meu relacionamento com Deus, que sempre existiu, se fortaleceu, e que o lance de comunhão ficou muito mais claro pra mim.

A ABU me ensinou coisas que eu sozinha não conseguiria aprender, porque envolvem prática, comunhão, conversa... Essa é bem a verdade também. Muitos paradigmas meus foram quebrados convivendo com os abeuenses, coisas que me prendiam demais, assim como muito do que eu achava que era coisa só da minha cabeça afinal não é coisa só da minha cabeça, se eu sou louca então na ABU tem muitos loucos, porque conheci pessoas que pensam bem como eu.

É um estágio também na minha vida que eu sei que vou ser grata pra sempre, pois nos instiga a ter responsabilidade, tomar atitudes, ter autonomia e tudo mais. E isso está me fazendo muito bem. Eu me sinto extremamente útil e realmente PARTE de um TODO. Quando eu digo que queria que tantas, tantas, tantas pessoas amadas e conhecidas estivessem na ABU comigo é porque eu queria que eles sentissem a mesma coisa que eu sinto. Eu sei que não vai ser assim sempre, eu sei que podem existir alguns que amem assim como eu e outros que não se identifiquem, claro, mas como eu queria, como eu quero!

Deus tem me tocado cada vez mais e curado algumas mágoas, feridas, decepções, bem aos pouquinhos mesmo. Como alguns devem saber, eu sou uma dessas raras pessoas engajadas, mas "desigrejada", e isso é uma coisa com a qual eu tento lidar com a maior cautela possível por n motivos, mas que confesso, é uma situação que não acho ruim na maioria das vezes (e isso pode mudar) e que pra mim tem funcionado bastante [não estou incentivando ninguém a viver assim, porque não é fácil nem legal ficar explicando ou ter que se esquivar daquela pergunta básica: "Qual a tua igreja?" até porque eu não comecei minha trajetória dessa maneira]. 

A ABU é meu suporte nesse sentido, não é a minha igreja, que fique claro, ela não tem pretensão de ser uma igreja no sentido de "instituição", mas ela é a Igreja na minha vida. Quando o Corpo, a Igreja se encontrar com seu Noivo, eu tenho certeza de pelo menos de uma coisa, que vai ser bem assim mesmo: não existirão denominações. Seremos todos UM de verdade. Só que eu posso dizer que eu vivo um pouco disso aqui, eu vivo um pouco disso na ABU, aliás, um pouco não, um MUITO, porque há pouco tempo isso era inexistente pra mim!

Família Browne: orem por eles :)
Tenho aprendido o quanto tudo isso é movido pelo Amor, que é sustentado unicamente por Ele mesmo e sua graça e misericórdia, e que esse Amor focado na missão, no Ide, une, apaixona, te ensina a ofertar e se dedicar com a certeza de que você pode não ser atingido diretamente, mas você está envolvido, e que a oração é muito, muito, muito importante e que, acima de tudo, o lance é entregar nas mãos de Deus, mas fazer tudo o que for possível. Eu me sinto parte da Missão porque ajudo, porque oro, e falo da Missão como um todo, falo da ABU, lembro da minha Família Browne lutando e vivendo pela Missão também, falo da Missão Guajajaras, falo da Zadok, falo de tudo isso que me apaixona demais. Amo muito todos, preciso viver a prática e o processo do Perdão também e sei que Deus sabe disso =)

Mas em síntese: tudo isso está me modificando e eu espero que quem esteja ao meu redor sinta essas mudanças. Estou aprendendo muito e eu espero que eu posso colocar isso em prática.



Meu coração não é digno de Ti, mas aqui vistes morar... ♪ (Eduardo Mano)

"[...]onde não há grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é TUDO em TODOS." (Colossenses 3: 11)

domingo, 21 de outubro de 2012

Amigos

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido." Jo15,:13-15

Jesus é nosso amigo de verdade, ele nunca nos deixa na mão, sempre ouve nossas preces, nossas reclamações, nossos pedidos e nossos agradecimentos. Ele sempre nos surpreende, seja com mudanças, seja com palavras, seja com uma nova direção em nosso caminho!

ELE É DEMAIS!
NOSSO PRA SEMPRE ÚNICO MELHOR DOS MELHORES AMIGOS, O AMIGO PERFEITO! ♥


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Nada.


"O que você acha que tem depois da vida?"
"Nada".

"Nada" foi o que Eric Kandel, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina disse. Nada após a morte. Simplesmente nada. Essa resposta me assustou muito, principalmente depois de ter visto o mesmo homem sorrindo, brincando, ajudando outras pessoas, fazendo amizades e chorando pela vida perdida de parentes e amigos. Então depois da morte é nada? Então eu só devo me preocupar em fazer alguma coisa por este mundo e esperar que na memória alheia fiquem meus traços e meus feitos?

Algumas pessoas conseguem viver assim, mas eu não. Uma das respostas para eu ser cristã é justamente isso: Jesus me dá esperança. Você consegue viver mais um dia aqui esperando nada? Esperando por coisa alguma? Aliás, esperar não é o termo certo nesse caso, porque simplesmente não se espera. Se vive e acaba. Esperar o quê?, se amanhã posso morrer e então virá o nada? Que nada é! O nada é tão infinito quanto a vida eterna, é tão assustador e difícil de se entender que livros inteiros foram escritos sobre ele e ainda assim restam dúvidas, é tão complicado que sua infinitude não cabe em nossa mente limitada, porque o nada é nada. Ele não existe. Existe quando eu falo dele, mas ele por si só... é nada.

Não consigo viver assim, viver sem ter um porquê. E para que ter porquês se de alguma forma irei ao nada mesmo...?

Foi a resposta mais triste que eu já ouvi. É a coisa mais aterrorizante em que posso pensar.
Já disse que tenho medo da morte? Penso nela constantemente. E vocês podem falar: "mas é cedo!". Quem me garante? Penso na morte e morro de medo dela. E sou cristã, sei que vencemos a morte. Vencemos por que há a esperança da ressurreição, mas pra ressuscitar é preciso morrer. E tenho medo de morrer. Tenho medo de envelhecer. Tenho medo de adoecer. Tenho medo de perder as pessoas que amo. Tudo o que lembra e se aproxima da morte me dá medo. E por isso minha limitada existência não me deixa pensar no nada. Preciso crer em algo a mais, em algo ALÉM!

Não acredito em reencarnação, não acredito em várias vidas. Acredito nessa vida e acredito na vida em outro tempo. É complicado? Eu acredito que algum dia essa minha mesma carne irá novamente se movimentar. Não em outro corpo, não em outro plano. Enfim, não sei como será, mas acredito nela: a Ressurreição.

A morte de Jesus é o que nos deu vida, mas o que nos deixa de pé, o que nos mostra que as coisas não irão pro nada, a prova, é que Ele ressuscitou! Estou pregando? Estou parecendo uma daquelas evangélicas alienadas? Me desculpe, mas acreditar no nada após a morte, simplesmente não acreditar no após, é tudo o que NÃO SOU. Eu não acredito nisso. Eu PRECISO acreditar em algo além, assim como os hebreus castigados pela escravidão clamavam pela liberdade eu clamo pelo depois, assim como se espera pela cura do câncer e da aids eu espero pelo depois! Assim como o povo ansiava pelo Salvador, eu anseio pela minha vida e no final a vida e Ele são as mesmas coisas. Se eu não consigo viver bem convivendo com esse medo de morrer, com esse medo de não ter algo a mais, então não vivo. Sobrevivo. Vivo mal. Não sou feliz. Mas Ele me dá outra alternativa, Ele me dá a verdade, Ele me diz: "Eu sou a esperança, Steffi! Não acaba aqui! Fique calma, por enquanto viva!" Ele é quem me diz isso, é Ele quem me dá vida! Porque eu não vivo bem se eu não crer nisso, porque se eu não crer nisso eu não creio mais em nada. E do Nada eu tenho medo.

Foi a resposta mais triste que eu já ouvi porque não concebo que um homem tão bom aparentemente, com uma história tão bonita tenha simplesmente se rendido ao nada. Não entendo como é suportar isso, como é aceitar isso. Eu queria ter eficiência pra poder demonstrar tudo o que eu sinto por Jesus, mas eu admito: não sou um bom exemplo, não sou a filha perfeita nem dos meus pais nem Dele, mas o amor que eu tenho é tão forte, a vontade que eu tenho é tão grande e tudo o que eu sou e o que faço está tão intimamente e às vezes estranhamente ligado a Ele que eu simplesmente choro somente em lembrar. Choro enquanto escrevo esse post, choro quando lembro do que Ele fez por mim, choro porque a morte dele parece que se tornou uma coisa tão corriqueira pra algumas pessoas que esquecem que doeu nele. Que doeu ser pregado, que doeu ficar com sede, que doeu ser chicoteado, que doeu aguentar ver as pessoas que tanto amava simplesmente irem em direção ao nada.

E é assim que eu me sinto quando vejo alguém profundamente desacreditado. É assim que eu me sinto quando eu vejo alguém perdido. Quando vejo alguém feliz, mas por uma coisa tão efêmera.. Quem dera eu pudesse transmitir bem tudo o que eu sinto. Quem dera eu pudesse escrever da melhor maneira possível tudo o que passa pela minha cabeça quando estou no meio de pessoas que eu sei que não acreditam, mas que eu amo e fico pensando: "Meu Deus, elas não podem morrer sem crer!" Minha dor não é tão forte quanto a que ele sentiu por nós, mas me dói, me enche de medo.

Eu sei que é meio complicado entender isso tudo, eu mesma não entendo uma boa parte às vezes. Mas por favor, deem uma chance a Jesus. Não é Jesus que precisa dar uma chance e digo isso não porque ele é soberano (mas ele é soberano) e sim porque ele não precisar dar essa chance, essa chance já foi dada, está dada! É nossa vez. Deem uma chance a Jesus. Assim como procuram incessantemente por informações a respeito da sua banda ou cantor favorito, assim como buscam curiosidades sobre o filme, sobre o livro, sobre a novela, busquem. Busquem sobre a pessoa que Jesus é! Não se atenham a debates teológicos, não queiram viver coisas sobrenaturais, não procurem Jesus procurando a casa ou o carro, simplesmente aceitem conhecê-Lo. Ouça sua conversa, descubra quem ele é.