"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Mensagem da Missão, Howard Peskette e Vinoth Ramachandra.



 
Quotes deste maravilhoso livro!

Liberdade e Sofrimento (baseado em João 12: 20-26)


Por toda a narrativa do Evangelho, Jesus aparece como o mais livre dos seres humanos. Pouco se preocupa com o que outros pensam dele; não é escravo de convenções sociais, ou de expectativas de família ou pares. O que lhe importa é fazer "a vontade daquele que me enviou" (Almeida, 5.30). Isso é sua comida (4.34). Mesmo sua morte iminente é um destino que poderia evitar: "Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade" (10.18). Embora se dê pelos outros, inclusive seus inimigos, estes não determinam como deve servi-los. É essa obediência integral Àquele que chama "Pai" que é a essência de sua liberdade; assim, desafia profundamente nossas noções seculares de liberdade.
Se Deus em Cristo é livre pela humanidade, se escolheu ser Deus apenas em relação de amor sacrificial por nós, então não podemos mais pensar a liberdade como substância ou algo individualista. Não é uma qualidade, um objeto que possuímos à mão; é um relacionamento entre pessoas, algo que me acontece por meio de "outro" e que recebo pelo "outro". Ser livre significa "ser livre para o outro", porque recebo meu ser de Deus por meio de outros.
Segue-se que o caminho mais seguro para perder a liberdade é agarrar-me à vida como se fosse minha possessão, em vez de dom confiado a mim por Deus para outros. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida este mundo, a conservará para a vida eterna. (12.25). "Amar e odiar" é uma expressão enfática hebraica: para amar a Deus e fazer sua vontade no mundo, temos de vencer nossos instintos humanos naturais de autopreservação e segurança." (p.176)
"Dada a orientação por Jesus de seu ministério para os "ninguéns" e "marginais" (ou seja, "os pobres") de sua sociedade, nossa própria relação com "Os pobres"  de nossas sociedades contemporâneas, e de fato de nosso mundo global, torna-se não apenas mera questão de "ética social" mas está no centro de nossa reação ao próprio evangelho. Arrependimento tem de incluir conversão da cumplicidade com as estruturas injustas de exclusão e repressão para compaixão pelos despossuídos, rejeitados e oprimidos." (p.151 e 152)
"Para o cristão, o diálogo é um aspecto fundamental para testemunhar da verdade de Cristo. Onde há desejo genuíno de que outros venham à "luz do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (II Co 4.6), sempre haverá postura de escuta humilde. Porque é o desejo de comunicar que nos motiva a escutar bem. Escutar os outros inclui levar suas crenças, medos e aspirações a sério, mesmo preparando-nos para sermos nós mesmos perturbados e desafiados por elas. Todo testemunho e, portanto, todo verdadeiro diálogo, é arriscado. Quem se serviu precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará (12.26). Não é o missionário que leva Jesus a outros; pelo contrário, é o Jesus crucificado e ressurreto que nos leva em testemunho a lugares onde tememos nos aventurar." (p.181)
"A mensagem cristã não é uma informação incorpórea que precise apenas circular em campanhas massivas em literatura, filme, vídeo ou rádio. São as boas novas incorporadas e compartilhadas nas vidas transformadas de indivíduos e comunidades, que constiturem testemunho autêntico. Sem essa incorporação, os cristãos ficam vulneráveis às acusçãoes de propaganda, com a resistência e desconfiança que isso geralmente invoca. É a vida de um professor escolar, dia após dia, que mais impressiona os alunos com quem convive." p. 94

Em: "A Mensagem da Missão", Howard Peskette e Vinoth Ramachandra.

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