"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

domingo, 11 de agosto de 2013

Quando eu penso, se agem, eu reajo.

Eu sempre começo com uma série de "não's". Eu sempre começo com a impossibilidade, sim, eu sou assim. Eu nem percebo o meu grau de negatividade quando se trata de relacionamentos, quando dou por mim já descartei toda e qualquer chance de existir algo, mesmo que pareça que algo vai existir. Todo mundo fica: "vai lá! tá na tua!", e eu venho com meus "mas": "mas ele é só meu amigo, mas ele é só educado, mas ele é assim com todo mundo, mas ele nem me trata desse jeito, mas ele me vê como menino, ele só puxou conversa" e por isso e por aquilo... A minha atitude é um paradoxo: embora eu pense e fale dessa maneira eu não fujo nem me escondo, eu arrisco. De início eu sempre descarto porque minha insegurança e baixa autoestima diz assim pra mim: "não é possível que ele queira algo com você" ou então o senso moral grita que "não pode!", ao mesmo tempo, no entanto, eu enxergo qualidades e me pego pensando nos "se's" (que no fundo sei que não vão acontecer). Mas é divertido! Acho que toda mulher fica imaginando os "se's": "e se eu namorasse com ele? Será que daria certo?". É bem diferente de: "eu quero namorar com ele", o "se" é só um pensamento bobo pra passar o tempo e adormecer. Mas e se acontecer? Aí que é começa toda a problemática. Esse é meu mal, eu arrisco por causa de um punhado de "se's". Não só por isso, óbvio, eu arrisco porque depois de um tempo aparecem tantas oportunidades e coisas que pra mim parecem "sinais", que poxa, eu tenho que arriscar, eu penso! Eu nem procuro, eu nem vou atrás, mas se agem, eu reajo. Não deveria arriscar, agora percebo isso bem claro... Porque sempre que fui lá "testar", afinal "o que eu vou perder?", afinal "a gente não tem nada mesmo", sempre que eu agi dessa maneira o que eu recebi no final não foi nada mais do que um punhado de perdões. E eu nem sei porque me pedem perdão, ninguém estava ali obrigado, eu então, sempre fui tão consciente e me arrisquei tão consciente...

Aí, depois de uma série de "se's" e "mas", o nada: porque é isso que parece que eu preciso agora, do nada. Porque por causa do meu jeitão largado o povo acha que pode fazer tudo que eu não vou me chatear nem sofrer tanto, porque tanto faz, né? É um punhado de conjunções e advérbios que resultam na mesma história:

"foi mal, era só isso, não tem nada daquilo".

Não tem, nunca teve, né? Por que então? Eu me perguntou POR QUE não pode ser comigo? Eu me pergunto POR QUE eu não mereço também? Eu me pergunto POR QUE não pode? POR QUE não quer? POR QUE EU ACEITEI ISSO, ENTÃO?

Pensar "negativamente" foi a minha maneira de viver isso tudo e poder pelo menos depois dizer: "eu já sabia". Eu sempre soube, só que a gente nunca se prepara de verdade pra não ser o que SE acha que será o que sonhou.

"Chega, o tempo da sua vez de que contar até três não faz passar, não faz passar... Deixa, eu nem quero mais, não vou mais fazer por onde, parece que tudo se esconde de mim...."


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