São minhas.

Não mexa nas minhas cicatrizes, não toque nas minhas feridas, delas cuido eu, delas eu que fui atrás, delas eu que faço questão e escolho como tratar. Deste arranhão eu que não tomo conta, deixo cicatrizar da maneira como ele bem entender; nesta ferida eu escolho o dia pra passar a pomada, eu escolho se quero que ela se apague, eu esqueço dela pra lembrar um dia e perceber que não está mais lá.

Deixa que as minhas cicatrizes o tempo e o meu sistema  se encarregam de fazer, deixa que as feridas eu escolho cutucar ou não, deixa que isso tudo eu decido se deixo aberto ou só ponho um band-aid por cima. Não se preocupe, se não me ama, se não me quer pra sempre, se você não é o amor que eu procuro e ainda não encontrei, a la Frejat, então não se preocupe com nada disso. Divirta-se, curta, eu sei fazer isso muito bem. Das minhas mágoas cuido eu, ou descuido eu, não procurei hospital, não procurei terapeuta, deixa a minha resistência agir livremente, eu gosto assim. Pensando bem, quando alguém me amar um dia, de verdade, só eu, com meus defeitos e erros, pra querer pra sempre de novo, eu não quero mais ter esses problemas pra resolver não... Eu quero só estar intacta de novo. Enquanto isso não acontece mesmo, estou pouco me importando com o que você sente ou não por mim, de mim mesma nem eu gosto tanto ou mais assim. Fica tranquilo.