"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

segunda-feira, 4 de março de 2013

A pessoa disponível



O problema das pessoas que são disponíveis é justamente é esse: elas são disponíveis, estão sempre dispostas e você sabe que elas estarão lá. O outro problema é que às vezes elas não querem estar, mas como acham que se não forem vão ter problemas, ou que se não for, vai desfalcar, então elas vão, mesmo querendo estar em outro lugar. Essas são as pessoas disponíveis que fazem alguma coisa pra agradar.

Existem outras, as que realmente querem fazer, as que realmente querem estar ali, mas que vez ou outra também quiseram estar em outro lugar. Essas percebem logo que as outras pessoas, a maioria, não dá o braço a torcer da mesma maneira que ela. Que enquanto você está aí fazendo o que deveria fazer e não fazendo uma coisa que gostaria de fazer, outras estão fazendo o que querem e não fazem sacrifícios para fazer as duas coisas...

O ruim de ser disponível é que às vezes você tem a ligeira impressão de que todos têm a impressão de que você está sempre desocupada o suficiente pra te ocuparem. E como você não sabe dizer não, se ferra. Se atropela. Se deixa levar...

sábado, 2 de março de 2013

Quem dirá?

Não sei como explicar, mas também não precisa de muita explicação. Simplesmente parou. E não parou completamente, não existe uma completude nem dentro nem fora. É um não querer querendo, eu querer se escondendo. Sei que muito disso na verdade tem pouco de tão certo. É paixão, é aconchego, é comodismo também, é rotina, é carinho, lembrança, de novo, nada. Nada de novo.

Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá, eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar. Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar. Quero ver você maior, meu bem, pra que minha vida siga adiante. Adeus você... Não venha mais me negacear, teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz reclinar. Acalma essa tormenta e se agüenta, que eu vou pro meu lugar. É bom... Às vezes se perder sem ter porquê, sem ter razão. É um dom... saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também. Pra que minha vida siga adiante. (Adeus você - Los Hermanos)

Alguma coisa está a ponto de se entregar. Eu posso senti-la chegando. Eu acho que sei o que é. Eu não tenho medo de morrer, eu não tenho medo de viver e quando eu estiver incapaz eu espero sentir que vivi. E por mais difícil que pareça, você precisa de um pouco de proteção para a pele mais delicada. Eu quero que você saiba que você não precisa mais de mim. Eu quero que você saiba que você não precisa de ninguém, de coisa nenhuma. Quem dirá aonde o vento a levará? Quem dirá o que a arruinará? Eu não sei em qual direção o vento soprará. Quem saberá quando chegou a hora? Não quero ver você chorar. (Kite - U2)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

E o que fazer?




Sabe quando você acha que tem que fazer alguma coisa, mas não faz? Fica ali, olhando tudo, "discriminando as contingências", mas não toma nenhuma atitude. Quer saber mais, quer ver mais, talvez queira sofrer mais também. Eu também não sei muito bem explicar, não sei definir.

Eu só sei que se há um bom tempo você espera pra tomar uma decisão ou não e finalmente a oportunidade, seja um fato, seja um pensamento, uma atitude, enfim, quando essa oportunidade aparece era de se esperar que a decisão fosse tomada, não é? Não é.

Parece tão simples... Parece tão simples.

8 ou 80 todo dia, toda hora. Certeza. Indecisão. Raiva. Indiferença. Tanto faz...

Eu só olho... Penso tanto coisa e nem sei o que dizer. 

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it
 (U2)



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Laço de incentivo à leitura

Ganhei esse lacinho da Lee do blog Chata Nerd.

O blog pede para indicar dez blogs, que gente, desculpem, mas eu não vou indicar, não porque não tenho, mas porque quase todos já tem o laço suponho e porque faz tanto tempo que ela meu esse laço e eu atarefada e mucho loca nunca tinha postado =/ 

Enfim, mas o mais importante eu posso fazer! Responder a pergunta:

"Qual livro você indicaria para uma pessoa começar a ler?"

Se a pessoa já tem o hábito da leitura indico "Terra Vermelha" do Domingos Pelegrinni. Muito bom. Se não todos e qualquer um da Lygia Bojunga, mas especialmente "A casa da madrinha".









Cristo é o Senhor - Dionísio Pape

Cristo é o Senhor --
80 p.; R$14 na Ultimato. ABU Editora.
O livro Cristo é o Senhor com certeza é uma leitura obrigatória para todo aquele que quer servir a Deus. A linguagem é muito simples, te confronta em alguns momentos e elucida muitas coisas, que na verdade já foram ditas, mas que esquecemos, como a de que Cristo é o Senhor! Dionísio Pape trilha um caminho conosco nos mostrando com poucas palavras que Cristo é Senhor primeiro, antes mesmo de ser Salvador, e temos que aceitar isso também, não só receber com alegria a graça de ser salvo.

Como ele salienta:
"Quem anuncia que Jesus salva, anuncia a boa nova. Salienta o imenso benefício oferecido ao homem pecador. Mas não há privilégio sem responsabilidade, nem bênçãos sem condições. Não se pode oferecer um Cristo Salvador sem dizer que ele é Cristo o Senhor. Se separarmos os dois aspectos da mesma verdade, somo infiéis a Deus e aos homens também." (p.38). 
Pensando assim foi que me dei conta de quantos se dizem cristãos só por terem aceitado a salvação, isso é bom, é ótimo, não é pouca coisa jamais, mas e a parte difícil? A parte de ter que renunciar, de se render ao senhorio Dele? Às vezes deixar o que é daqui é muito doloroso e muitos não aceitam. Pape passeia por essa discussão, por Cristo Senhor da Igreja, da História, da Política e do Universo.

Agora um recadinho de Dionísio Pape à Aliança Bíblica Universitária (ABU - da qual fala em algumas partes do livro informações históricas muito interessantes):
"Os nossos grupos nas universidades, como as igrejas, tentam obter adeptos para a causa de Cristo. Tais adeptos serão conseguidos com muito mais facilidade se se proclamar Jesus como Salvador, sem mencioná-lo como Senhor, a quem se deve obediência incondicional. Um momento de reflexão mostrará que tal método enche a comunidade cristã de elementos inúteis, visto que não se submetem em tudo à Cabeça, Cristo." (p. 56)
Doeu? Em mim sim. Não só essa parte como muitas outras. Por isso é bom ler para enxergar esses "detalhes", que não são tão pequenos assim. Leia também e avalie =)

Proclame essa verdade: a de que Cristo é Senhor de tudo! Se as coisas estão muito fáceis, tem algum problema.

Quem é Dionísio Pape?
Robison Cavalcanti escreveu sobre Pape em um artigo publicado no PavaBlog, um trechinho:

"Uma figura notável de missionário estrangeiro entre nós foi o inglês Dionísio (Denis George) Pape, escritor, professor de vários seminários teológicos, expositor bíblico e pioneiro na implantação da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABU) entre os estudantes universitários e pré-universitários no Norte e Nordeste. Durante quatro anos (1966-70) ele foi o meu discipulador, investindo na minha formação, como fez com outros líderes da nossa geração. Dionísio era uma pessoa emocionalmente equilibrada e intelectualmente profunda, por trás de uma grande simplicidade e uma busca de mergulhar em nossa cultura. Avesso ao extremismo fundamentalista e, como europeu, escaldado do veneno do liberalismo, era um evangélico (“evangelical”) convicto e militante."



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Não é qualquer um!

"Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem desanimem por causa do rei da Assíria e do seu enorme exército, pois conosco está um poder maior do que o que está com ele.Com ele está somente o poder humano mas conosco está o Senhor, o nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas". E o povo ganhou confiança com o que disse Ezequias, rei de Judá." 2 Cr 32:7-8 (...) "Referiram-se ao Deus de Jerusalém como falavam dos deuses dos outros povos da terra, que não passam de obra das mãos dos homens.Por tudo isso o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amoz, clamaram em oração aos céus.E o Senhor enviou um anjo, que matou todos os homens de combate e todos os líderes e oficiais no acampamento do rei assírio, de forma que este se retirou envergonhado para a sua terra. E certo dia, ao adentrar o templo do seu deus, alguns dos seus filhos o mataram à espada." 2 Cr 32: 19-21


Senaqueribe, rei da Assíria, queria travar uma guerra contra o povo de Judá no reinado de Ezequias. Ele contava suas vitórias dizendo que nenhum outro deus de nenhum outro povo tinha aniquilado-o, tentando assim amedrontar o povo de Judá e mostrar que Deus não era páreo para ele. Temendo que o povo de Judá ficasse com medo, Ezequias e Isaías oraram a Deus, e Deus, como é fiel, ouviu as súplicas deles e fez com que todos percebessem que ELE NÃO É QUALQUER UM! 

Além de Ele ser soberano, é bondoso e fiel, nos fortalecendo e nos ajudando em nossas batalhas diárias.

AMÉM!



domingo, 23 de dezembro de 2012

É Natal.

Quando chega essa época eu fico muito diferente. Será da lua? Será que foi porque começou um novo calendário maia? O fato é que a cada ano que passa tudo vai perdendo mais ainda a graça pra mim. E isso é bom por um lado e ruim por outro. Bom porque significa que esse comércio todo em cima do Natal não me surpreende mais. Não vou ser hipócrita de dizer que não participo das confraternizaçõezinhas da época, participo sim, bem, esse ano só participei de uma, dos meus amigos eternos do 3º ano. (sim, já estamos todos velhos e na faculdade, mas ainda nos encontramos sempre que dá e nos amamos, apesar das picuinhas), mas olhem, não fiquei louca comprando presente pra ninguém inclusive nem pra mim. Pois é. Não comprei nada pra mim. Nada mesmo.

O lado ruim é que mesmo com isso tudo o Natal é uma festa! É uma data em que eu deveria estar muito feliz, porque Jesus nasceu! Pode não ter sido em 25 de dezembro, não importa, festejamos (ou deveríamos festejar) o acontecimento e não a data, ou seja, o nascimento do Salvador. O sentido disso tudo é isso TUDO!

E aí que eu caí na real hoje: cara, Jesus é muito importante. A história gira em torno Dele! Até quem não é cristão tá festejando! Pode tá  comemorando tudo errado, mas é influenciado. Bem, esse ano eu quero agradecer pelo nascimento de Jesus. Esse ano eu quero chorar e sorrir por saber que o Homem nasceu, pequenino, num lugar simples e já FORTE E IMENSO.

Como nosso (meu!) querido U2 diz em  If God Will Send His Angels:

Então onde está a esperança e a fé? E o amor...? O que você diz para mim, o amo acende a sua árvore de Natal? (...) Jesus nunca me deixa triste. Sabe, Jesus costumava me mostrar o caminho. Então puseram Jesus no show business Agora está difícil chegar à porta...

Pois é, colocaram "Jesus" no show e ele se tornou Papai Noel, que dá presentes e só isso (até a história do velho Nicolau esqueceram).

E pra terminar essa postagem curtinha, também gostaria de deixar um vídeo bem legal e bem nordestino sobre o Natal. Espero que gostem :)
 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Amontoado #1

Pra não deixar o blog parar! Vamos postar coisas alegres, sim?
Venho deixar dicas de três filmes muito interessantes que assisti essa semana e uma banda muito legal que minha amiginha colombiana Edna mandou pra mim pelo facebook :)

O primeiro filme é:

Kit, uma garota especial. (2009)

"Quando os negócios do pai de Kit Kittridge (Abigail Breslin), uma garota de nove anos, não vão bem, ele perde tudo e é obrigado a ir embora em busca de trabalho. Para manter a casa, Kit e sua mãe transformam-na em uma pensão, recebendo hóspedes que devem ter histórias fascinantes. Mas, quando o cofre no qual sua mãe guardava todas as economias é roubado, o novo amigo de Kit, Will, um hobo – trabalhador desempregado – é o primeiro suspeito. No entanto, Kit se recusa a acreditar que Will tenha roubado e seus esforços para desvendar a verdadeira história colocarão, tanto ela quanto seus amigos, em uma grande encrenca. A polícia acredita que o roubo foi cometido por algum conhecido, então, se não foi Will, quem terá sido?" [CinePop]

No CinePop tem como estilo comédia/aventura. A parte da aventura até concordo, as crianças vão atrás do ladrão e etc. e tal, mas o filme tem muito de drama também, e foi justamente esta parte que me chamou atenção. Nesse quesito o filme é muito bonito mesmo. O pai de Kit é um dos muitos que vão embora atrás de emprego, alguns nunca mais retornam. Cada personagem tem uma história diferente, é completamente diferente em muitos aspectos, mas em um todos são iguais: todos são atingidos pela depressão econômica estadunidense da época, todos perdem ou correm o risco de perder seus bens, muitas famílias são destruídas e começam a aparecer nas ruas dezenas e centenas de sem tetos. Vale a pena porque apesar de ser um filmezinho meio infantil, ainda assim é emocionante (ou eu que devo estar muito sensível). As mães precisam segurar as pontas de tudo, as famílias são desmembradas, as crianças sofrem preconceito e chaotas dos amiguinhos em boas condições.


Um Olhar do Paraíso (2010)

"6 de dezembro de 1973. Norristown, Pensilvania, subúrbio da Filadélfia. Susie Salmon (Saoirse Ronan) está voltando para casa quando é abordada por George Harvey (Stanley Tucci), um vizinho que mora sozinho. George a convence a entrar em um retiro, por ele construído. Lá dentro, Susie é assassinada. Os pais de Susie, Jack (Mark Wahlberg) e Abigail (Rachel Weisz), inicialmente se recusam a acreditar na morte da filha, mas precisam aceitar a situação quando seu gorro é encontrado em meio a um milharal, junto a destroços do retiro que estão repletos de sangue. Em meio às investigações, a polícia conversa com George mas não o coloca entre os suspeitos. Com o tempo Jack e Lindsey (Rose McIver), a irmã de Susie, passam a desconfiar de George. Toda esta situação é observada por Susie, que agora está em um local entre o paraíso e o inferno. Lá ela precisa lidar com o sentimento de vingança que nutre em relação a George e a vontade de ajudar sua família a superar o trauma de sua morte." [AdoroCinema]

Eu já assisti esse filme umas três vezes. Ele não é um filme tocante como sei lá... O Último Samurai, por exemplo, é um filme sim muito interessante, a trama bem feita, mas o que mais me impressiona nele são os efeitos. Os efeitos são simplesmente perfeitos e lindíssimos. Ele me parece ter algo meio relacionado ao espiritismo, não toca no assunto reencarnação, nada assim, mas nessa questão da tormenta, do espírito que não consegue se desligar por algum motivo. E o quanto isso mexe com as pessoas. Realmente mexe. Esse filme dá pano pra manga pra discussões, mas os efeitos, a trilha sonora, são muitos bonitos mesmo! Se você gosta desses detalhes então vai gostar do filme, a história não é chata, às vezes é até meio sombrio, dá um medinho até, mas é muito interessante.


Toy Story 3

"Andy (John Morris) tem 17 anos e está prestes a ir para a faculdade. Desta forma, precisa arrumar o quarto e definir o que irá para o lixo e o que será guardado no sótão. Seus antigos brinquedos, entre eles Buzz Lightyear (Tim Allen), Jessie (Joan Cusack) e o Sr. Cabeça de Batata (Don Rickles), são separados para serem guardados no sótão. Entretanto, uma confusão faz com que a mãe de Andy os coloque no lixo. Woody (Tom Hanks), que será levado por Andy para a faculdade, decide salvá-los. O grupo escapa, mas acaba no carro da mãe de Andy. Ela leva a uma creche diversos brinquedos, entre eles Barbie (Jodi Benson). Ao chegarem, os amigos encontram um universo até então inimaginável, onde os brinquedos sempre têm crianças para brincarem com eles." [AdoroCinema]

Sou apaixonada por animação, muitos já sabem, mas, confesso, nunca tinha assistido Toy Story pra valer. Na verdade nunca me chamou a atenção. Por um acaso hoje assisti com dois priminhos. O Toy Story 3 é tão lindo e bem feito e tudo mais que até meu primo de 8 anos chorou no final! Todos choramos na sala! Terminou a trilogia com chave de ouro. Não é um filme que precisa ter piadas que as crianças não entendem para adultos gostarem, como A Era do Gelo por exemplo, no início, o 1 e o 2. Todo mundo se apega ao desenho. Um trabalho perfeito. Todo mundo relembra a sua infância assistindo Toy Story 3!

:')

Música:

Eu havia dito que uma amiga minha tinha me apresentado uma banda e a banda é La Derecha. Os caras são muito bons! Eu conheci através daquele cara... o cara do "Esse cara sou eu". Isso aí, Roberto Carlos. Acontece que fui ouvir sem nenhuma expectativa e o que ouvi foi uma versão mil vezes melhor (na minha opinião) de Emoções de Roberto Carlos. Aquela música clichê "quando eu estou aqui eu vivo esse momento lindo...". Só que em espanhol (amo!).


O clipe ficou muito bem feito, vale a pena:

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Venenosa

Quando eu falo que não presto não falo da boca pra fora. Falo porque é a verdade. Por que é assim que eu me sinto. Quando eu falo que não presto não é pra fazer alguém sentir pena de mim, não é pra fazer alguém se sentir culpado, é porque é assim mesmo que eu me sinto. É assim mesmo que eu sou.

Quando eu enumero meus defeitos não me importa a vida boa que aparentemente eu levo, perde a importância tudo aquilo que graças a Deus eu tenho. Perde não porque eu sou ingrata, mas porque com a quantidade e a magnitude de mal que eu causo a mim mesma e aos outros todas as outras coisas perdem o sentido e o brilho que tem.

Quando eu me sinto veneno, quando eu quero tomar o veneno, não é porque é assim que eu quero me sentir, é porque é assim que eu me sinto. Nenhum sentimento em mim é invenção, nenhum sentimento em mim é imaginário, é de brincadeira. É de verdade. Sou eu mesma.

Essa raiva inexplicável, essa incapacidade de perdoar, essa minha incapacidade de me calar, de me conter, de não me envolver. Essa minha incapacidade de perceber os problemas além de mim. Esses meus olhos fechados para pessoas e situações que são tão claras como a água. Eu sou incapaz de resolver um problema. Eu sou incapaz de tomar uma decisão coerente. Eu sou incapaz de só fazer bem a alguém. Eu sou incapaz de me reconciliar. Eu sou incapaz de não me sentir assim. Veneno.

Quando eu digo que não presto não é um simples complexo meu, é porque eu realmente só consigo enxergar minhas falhas. Eu não consigo me comportar da maneira que eu quero. Eu não consigo avaliar a situação e tomar atitudes independente do que podem pensar a meu respeito. Eu não consigo.

É a última pessoa a quem eu faria qualquer mal. Dou tanto valor às suas palavras, que qualquer uma delas que me contrarie, que seja dura, independente de ser falsa ou não, vai me doer, não porque eu apenas não quero ouvir (assim como ninguém) o que não é agradável ao nosso ego, mas porque dou tanta importância ao que você acha de mim e acredito tanto no que você acha de mim que eu vou levar pro resto da vida tudo isso.

Se as pessoas falam que eu exagerei, eu acredito. Eu acredito mesmo. Se me chamarem de chata, eu acredito mesmo. E se eu chorar na sua frente, não é minha intenção, eu juro, me fazer de vítima. Não é e nunca foi. É porque eu só não aguento não chorar.

Eu oro tanto pra Deus me transformar, e às vezes me pergunto se isso faz sentido, se faz sentido eu pedir por uma coisa assim, se Ele está me ouvindo. Eu sei que Ele me ouve, mas então por que não acontece? Por que eu não mudo? Por que eu não paro de me sentir assim?


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Retrô!

Postagem básica de todo blog: a retrospectiva do ano que está acabando.

Eu perdi 5 shows de cantores que já tinha prometido a mim mesma que se viessem na minha cidade eu não perderia: Lenine, Detonautas, Santanna,O Cantador, Dread Mar I e Zé Ramalho. Perdi os cinco tudo de uma vez!  Conheci a Aliança Bíblica Universitária. As universidades federais ficaram de greve por quase 6 meses. A minha pra sempre escola do coração sofreu alguns abusos. Revi a Família Browne! Não comprei meu óculos. Fiz minha primeira viagem para fora do estado do Maranhão (sozinha!).  Sou uma das secretárias de literatura da Abu Norte. Ganhei muitos livros e adquiri alguns que não necessariamente estavam na minha lista. Completei 4 anos de namoro ♥. Minha Esterzinha começou a estudar, Julinha está crescendo (muito rápido!). Não consegui guardar dinheiro. Não estou muito feliz, cansei de tentar ser feliz.

Bem, é isso... Não aconteceu nada de extraordinário na minha vida. Não foi mesmo um ano maravilhoso, mas teve seus momentos bons. Agora é só continuar no ritmo e aproveitar esse clima que fim de ano dá de "recomeço" e tentar mudar em algumas coisas. Nada de fazer promessas, porque eu só me decepciono comigo mesma depois.



sábado, 1 de dezembro de 2012

Cala-te boca!

Eu me proponho, me proponho a ficar calada. Jejum de palavras. Vamos começar com 1 dia. Amanhã. Daqui a pouco.

sábado, 17 de novembro de 2012

Uma parte do Todo.

Como vocês sabem, faço parte da Aliança Bíblica Universitária do Brasil, há pouquíssimo tempo por sinal. Conheci a ABU na minha faculdade em abril. E até hoje não esqueço de como conheci o movimento. Eu não fui atrás da ABU, a ABU veio atrás de mim, se podemos assim dizer.

Eu estava no ônibus conversando com uma menina que tinha acabado de entrar no curso e uma moça linda chamada Marcela já ia descendo do mesmo, mas antes virou e falou com aquele sotaque carioca manhoso de ser: 
"Ei, 'cê já ouviu falar da ABU? A Aliança Bíblica Universitária? Acontece dia tal, tal hora, tal lugar aparece lá." 
Foi muito estranho. 

Foi uma abordagem diferente, ela não me deu nenhum panfletinho, não sentou comigo e conversou, ela só disse e se foi... Mas Deus não faz nada por acaso, minha vida não é um joguinho de quebra cabeça pra Ele.

Marcela Rocha, a flor.
Hoje eu sei que Deus usou a Marcela Rocha pra me demonstrar o Amor Dele por mim. E quantas vezes, quando estamos envolvidos com missão, não falamos sobre estratégias e mais estratégias de atingir pessoas e acabamos esquecendo que Deus usa as pessoas da maneira que Ele quer. Nunca me senti perdida nem afastada de Deus, isso eu posso afirmar com toda a certeza. Eu sei que sem Ele minha vida não tem nem teria sentido, porque eu posso ter entendido e vagado durante muito tempo procurando por Ele, mas eu sempre me senti perto Dele, não consigo explicar muito bem, mas é algo assim: sempre me preocupei com o que Ele ia achar do que eu estava fazendo. Um pensamento às vezes ingênuo, porque Deus sabe de tudo mesmo, mas que reflete a importância que Ele sempre teve pra mim.

Às vezes pedimos tanto para que Deus nos dê sinais, para ouvir a voz Dele, pra ver alguma coisa, enfim, muitas e muitas coisas, mas esquecemos das pessoas ao redor. Nossa, quanto tempo demorei pra perceber que a flor da Marcela Rocha foi simplesmente Deus agindo na minha vida!

A Marcela me abordou muito diretamente, sem ladainha nem nada, num momento onde eu estava buscando muito a comunhão e estava meio desorientada, querendo fazer alguma coisa, mas sem saber o quê. Inclusive nessa época que surgiu a ideia do Sementes, que não deu muito certo, mas me rendeu bons frutos (Juliana e Mari ♥). Através da ABU eu conheci pessoas que hoje me dão um suporte muito forte e muito importante, pessoas com quem eu sei que tenho liberdade para desabafar, para pedir orações e o melhor de tudo: que eu sei que não vão ficar me julgando.

O ano de 2012 foi e está sendo um ano muito difícil pra mim, mas um ano que agora, parando pra pensar nisso, Deus me respondeu em tudo (e ainda nem acabou!). Eu conheci o pessoal da ABU simultaneamente com a galera do CPPC - (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), que também dão um suporte muito importante na minha vida como estudante de psicologia e futura profissional cristã,daí surgiu uma ponte para eu ter conhecido a galera da Igreja Congregacional, uma congregação que sempre me recebe muito bem e me faz sentir bem. Foi um tempo que eu sei que meu relacionamento com Deus, que sempre existiu, se fortaleceu, e que o lance de comunhão ficou muito mais claro pra mim.

A ABU me ensinou coisas que eu sozinha não conseguiria aprender, porque envolvem prática, comunhão, conversa... Essa é bem a verdade também. Muitos paradigmas meus foram quebrados convivendo com os abeuenses, coisas que me prendiam demais, assim como muito do que eu achava que era coisa só da minha cabeça afinal não é coisa só da minha cabeça, se eu sou louca então na ABU tem muitos loucos, porque conheci pessoas que pensam bem como eu.

É um estágio também na minha vida que eu sei que vou ser grata pra sempre, pois nos instiga a ter responsabilidade, tomar atitudes, ter autonomia e tudo mais. E isso está me fazendo muito bem. Eu me sinto extremamente útil e realmente PARTE de um TODO. Quando eu digo que queria que tantas, tantas, tantas pessoas amadas e conhecidas estivessem na ABU comigo é porque eu queria que eles sentissem a mesma coisa que eu sinto. Eu sei que não vai ser assim sempre, eu sei que podem existir alguns que amem assim como eu e outros que não se identifiquem, claro, mas como eu queria, como eu quero!

Deus tem me tocado cada vez mais e curado algumas mágoas, feridas, decepções, bem aos pouquinhos mesmo. Como alguns devem saber, eu sou uma dessas raras pessoas engajadas, mas "desigrejada", e isso é uma coisa com a qual eu tento lidar com a maior cautela possível por n motivos, mas que confesso, é uma situação que não acho ruim na maioria das vezes (e isso pode mudar) e que pra mim tem funcionado bastante [não estou incentivando ninguém a viver assim, porque não é fácil nem legal ficar explicando ou ter que se esquivar daquela pergunta básica: "Qual a tua igreja?" até porque eu não comecei minha trajetória dessa maneira]. 

A ABU é meu suporte nesse sentido, não é a minha igreja, que fique claro, ela não tem pretensão de ser uma igreja no sentido de "instituição", mas ela é a Igreja na minha vida. Quando o Corpo, a Igreja se encontrar com seu Noivo, eu tenho certeza de pelo menos de uma coisa, que vai ser bem assim mesmo: não existirão denominações. Seremos todos UM de verdade. Só que eu posso dizer que eu vivo um pouco disso aqui, eu vivo um pouco disso na ABU, aliás, um pouco não, um MUITO, porque há pouco tempo isso era inexistente pra mim!

Família Browne: orem por eles :)
Tenho aprendido o quanto tudo isso é movido pelo Amor, que é sustentado unicamente por Ele mesmo e sua graça e misericórdia, e que esse Amor focado na missão, no Ide, une, apaixona, te ensina a ofertar e se dedicar com a certeza de que você pode não ser atingido diretamente, mas você está envolvido, e que a oração é muito, muito, muito importante e que, acima de tudo, o lance é entregar nas mãos de Deus, mas fazer tudo o que for possível. Eu me sinto parte da Missão porque ajudo, porque oro, e falo da Missão como um todo, falo da ABU, lembro da minha Família Browne lutando e vivendo pela Missão também, falo da Missão Guajajaras, falo da Zadok, falo de tudo isso que me apaixona demais. Amo muito todos, preciso viver a prática e o processo do Perdão também e sei que Deus sabe disso =)

Mas em síntese: tudo isso está me modificando e eu espero que quem esteja ao meu redor sinta essas mudanças. Estou aprendendo muito e eu espero que eu posso colocar isso em prática.



Meu coração não é digno de Ti, mas aqui vistes morar... ♪ (Eduardo Mano)

"[...]onde não há grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é TUDO em TODOS." (Colossenses 3: 11)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Outros pontos de vista

Tenho passado por um momento de descoberta e mudança de atitude. Estou aprendendo a ouvir mais (uma coisa que tenho muita dificuldade e que certamente é um problema muito sério em todos os aspectos), a não julgar tanto e melhor: a começar a lembrar que existem vários pontos de vista.

Várias vezes já ouvi as pessoas falarem que eu era muito intolerante, intransigente e etc... Porque "ah, tu quer as coisas só se for do teu jeito". É verdade, mas ninguém quer ouvir isso na lata, não é mesmo? Eu já ouvi. Inúmeras vezes, em momentos de raiva, em momentos de conversas... Já ouvi isso saindo de uma maneira agressiva assim como já ouvi saindo de uma maneira bem sutil. O fato é que isso me machuca muito.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tudo de uma vez.

Quero desabafar tudo de uma vez aqui. Minha vida está uma loucura. Talvez você não se importe muito com a minha vida, mas quem sabe a situação que eu estou vivendo não é bem parecida com a sua, hein? Minha universidade é federal, então passei quase 6 meses sem aula, e quando as mesmas recomeçaram recomeçou o desespero. Está tudo atolado, apesar de quase tudo já ter acabado... Mas então vem as responsabilidades que assumi e que (não estou reclamando disso, porque eu quero realmente fazer parte do movimento) estão me preocupando muito. Eu estava rodeada de pessoas unidas por uma mesma causa e de repente me vi me sentindo sozinha praticamente implorando pela presença, pelos comentários, pelas respostas, por qualquer coisa que me respondesse! Eu seria menos insistente se não fosse necessário. Reconheço também meus problemas emocionais, eu me encho de coisas pra fazer e acredito que seja pra que em nenhum momento eu tenha que parar e pensar sobre mim mesma, porque se eu fico ociosa, vem aquela depressão, meus pensamentos de morte, aquela solidão aterrorizante, o medo de ficar só, o medo de estar sendo inútil. Vem tudo junto. Então, de certa forma o fato é que eu acabo assumindo tantos compromissos, nem tantos assim, mas importantes demais, que não tenho tempo de sofrer nem de pensar em minha decadência. E chega a um ponto que eu fico tão simples, é complicado de entender, eu sei... Mas eu fico tão sob aquela famosa atitude natural, que eu rio por qualquer coisa, e eu gosto disso, porque é isso mesmo, eu começo a rir das coisas, mesmo me preocupando com um milhão de outras. Não sou o tipo de pessoa que gosta de ser dominada, de ser enganada, mas confesso que tenho uma tendência a procurar pelas coisas que me deixem ocupadas o suficiente para não sofrer. Tenho tanto medo de assim ir vivendo uma vida vazia... Fez algum sentido o que eu quis dizer? Tem esse outro problema também, como todo ser humano, também me sinto a mais incompreendida das criaturas terrestres... Tenho medo de criar situações inexistentes, de me fazer de vítima sem perceber e de cometer outros erros para os quais eu sei que tenho o dom. Não sei mais o que dizer, só que queria jogar assim com tudo de uma vez.

sábado, 27 de outubro de 2012

Intocáveis

Faz tempo que eu não assistia um filme e ria tanto, aquela risada sincera, aquela risada completamente inesperada. E a culpa é do filme Intocáveis.


Fazia muito tempo que eu não ia ao Cine Praia Grande, um cinema cult daqui de São Luís, o único. Mas eu não ia porque não queria, nunca dava certo. Mas dessa vez deu e eu não me arrependi. O Cine Praia Grande está praticamente esquecido pela população ludovicense, tivemos festivais ótimos este ano e não prestigiamos o sucesso, mas Intocáveis mudou o rumo dessa história, pelo menos por esses dias.

O filme foi lançado em agosto desse ano e está fazendo muito sucesso. É uma produção francesa muito bonita e baseada em fatos reais.
"Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro." [Adoro Cinema]
O que eu tenho a dizer sobre o filme é bem simples. É piegas. Você começa assistindo o filme e na metade dele você já saca o final e a história inteira e que tipos de sentimentos estão ali envolvidos, mas isso não significa que ele se torna desinteressante ou chato. Muito pelo contrário! São sentimentos que a gente nunca acha chato, a história é muito bonita. O personagem Driss é com certeza a chave do sucesso, nem parece que ali há um ator, porque é perfeito. Você se apega a história e a todos da trama. A questão de não tratar alguém com compaixão é muito interessante. Nem sei se compaixão é o termo certo, mas acho que o sentimento mesmo é de pena.  Quantas vezes não sentimos pena de alguém? A obra me lembrou muito de outro filme que até já comentei por aqui, "Antes de Partir".


Recomendo a todos que assistam "Intocáveis" é um drama-comédia muito bonito, envolvente e emocionantes. Piegas, mas perfeito. A única coisa de que não gostei foi descobri que Driss não é negro na realidade, não sei explicar, mas perdeu a graça. Parece que forjaram uma "diferença" entre Driss e o Phillipe.