"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A dor é irracional.


A dor é irracional. Essa dor que você sente sabendo que não deveria senti-la, sabendo o tanto mal que ela lhe causa. Se ela soubesse o quanto sofro por causa disso, que envolve seu nome, talvez ela se sentiria muito melhor que eu, sabendo que sofro. Não porque ela seja má, mas porque, de certa forma, eu fui a culpada por algo não ter acontecido ou terminando como deveria. Eu sei que não deveria me sentir mal com isso, mas me sinto. E é sufocante. Não consigo sorrir direito, minha respiração fica ofegante... Sou daquelas pessoas que pensa com o corpo inteiro: adoeço, passo mal, sinto dores. A dor é irracional porque é perfeitamente racional os porquês de eu não ter que senti-la (será mesmo), mas mesmo assim eu sinto.

Cansa. Eu estou cansada de me sentir desse jeito. Eu estou cansada de chorar por coisa alguma, de passar mal, de adoecer, de repente, sabendo que não há porquê. Mas e agora? O que eu faço? Eu fico com tanta raiva de mim que nem sei como me explicar nem o que dizer. Vai parecer frescura. E talvez seja. E, sinceramente, se eu ouvir, como tantas vezes já ouvi, que o que eu sinto ou penso é frescura, eu juro que vou explodir, porque eu passei muito tempo escutando isso e isso nunca me ajudou.

Eu queria ser personagem de uma história onde eu nem faço questão de ser protagonista, mas, principalmente, onde eu não me metesse na história dos outros. E, esse caminho todo que eu ando percorrendo, é só o que eu faço, mesmo sem querer. Eu acabo me metendo nos caminhos alheios e estragando o que poderia acontecer de forma natural com eles.

Em outros lugares eu me coloco e penso: "Como ela aceitou isso?! Eu não aceitaria de jeito nenhum!". Mas fui eu. O "isso" fui eu que causei, e isso dói muito. Tem dias que me sinto perdoada, tem dias que me sinto envergonhada, tem dias que eu só não queria lembrar de nada disso ou não me importar, me sentir "a gostosona", mas eu não faço esse tipo. Eu sou do tipo que sempre vou me entristecer por isso, mesmo sabendo que nem foi tudo só minha culpa, e, algumas coisas, que não é culpa minha mesmo. 

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