"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um ano de namoro.

Quebrados, perdidos, desiludidos, livres, loucos, mas não leves, pesados, cheio de risos e cheio de mágoas, por dentro maltratados e por fora dois virados.

Foi assim que nos encontramos, de verdade, nos encontramos, tanto um ao outro quanto a nós mesmos. Apesar de tudo ter começado de um jeito não tradicional e confuso, para mim, para você, agora parece tudo tão alinhado, do nosso jeito alinhado. Eu acho que tinha que ser assim mesmo. Nos conhecemos em nossas piores fases. E muitas lágrimas foram derramadas por causa disso. É bom ver, sentir, como cada palavra dita com sinceridade foi nos curando. Na verdade, eu acho que Deus usa a nossa união para nos ajudar, individualmente mesmo. Pelo menos por um tempo, até nos tornarmos Um.

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Antes de você eu nunca tinha orado pelo meu futuro companheiro, como eu vejo as pessoas ensinando e fazendo. Sabe aquilo de orar por aquela pessoa que um dia você terá, mas que você ainda não conhece? Nunca fiz isso. Só que, aos nos aproximarmos, e cada dia mais, mais e mais, não tive outra alternativa senão ser sincera com Deus (porque Ele já sabia, claro). Eu disse que eu te queria, que gostaria de namorar com você e que, se fosse da vontade Dele, que assim fosse. Eu precisei pedir porque eu sabia que podia não ficar com você, eu sabia que, por que prezamos nossa liberdade, você poderia  estar em outro lugar agora, em outro lugar com outra pessoa agora, ou talvez aqui com outro alguém neste exato momento, e eu não faria nada, porque nem tinha esse "poder", e, pra falar a verdade, eu já estava resignada a aceitar o que na minha cabeça era óbvio: "Não dá pra mim.", mas não, você está comigo, aqui e agora. Eu precisei pedir, porque por um momento eu pensei: "não vou ficar com essa pessoa que preencheu 88% dos requisitos da lista" (só não ganhou mais porque não gosta de U2, requisito que valia muitos pontos.) Deus permitiu e permitiu mesmo! Não é algo do tipo "ninguém sabe o dia de amanhã": você estava com os dias contados para ir embora! Lembro até hoje você me falando que ia ficar, guardei o sorriso, respondi meio seca - eu sei -, com um "poxa, que legal, né?", escondendo o máximo possível a alegria de saber que as possibilidades tecnicamente aumentaram (mas teoricamente ainda não), mas por dentro, uma chama se acendia, de esperança.

Eu sou feliz por cada detalhe.

O jeito que você repentinamente pergunta: "Filha, você tá feliz?". Eu fico envergonhada e meus olhos brilham, pelo menos na minha cabeça eles brilham, ou isso é só uma figura de linguagem que tenho no momento para expressar o quanto fico encantada com isso.
O fato de você dançar, que aparentemente é uma coisa boba, muito boba mesmo, mas é algo enorme pra mim, porque eu sempre quis alguém soubesse dançar! E você dança bem!
A maneira que fomos recebidos pelas nossas respectivas famílias, e, depois de você, os laços de sangue se tornaram muito mais forte para mim.
O modo como você me chama: "Filha", "Baby"... Eu me sinto a pessoa mais meiga e delicada do mundo, mesmo não sendo.
O apelido: Raichu
O apoio que recebo em tudo.
A maneira como quando nos olhamos e você manda um beijo discreto (suuuuuuper sexy!), pisca (maaaais sexy ainda! haha), sorri, isso tudo é tão significativo para mim e, aos poucos, com a convivência, já até consigo interpretar cada gesto, e ainda responder "eu também acho!".
A forma como você firmemente diz pra eu não pegar mais uma tarefa.
O seu entusiamo em me motivar para fazer algo diferente: dançar, tocar, escrever, me exercitar...
Seu "sim" para todas as ideias malucas.
E todos os vídeos de animais fazendo fofuras que você compartilha comigo.
E todos os vídeos de seres humanos fazendo humanidades que você compartilha comigo.
E todas as vezes que a gente parou no meio da rua para ajudar algum bichinho.
Os nomes que você quer dar aos garotos.
A forma como você quer cuidar da menina.
Os filmes que você me indica.
O jeito chato de querer fazer eu ser menos hipponga. (Desista).
As suas caretas (amo todas elas).
A sua vontade louca alucinada de querer o tempo todo raspar minha cabeça. Meu Deus!
A maneira como você faz amigos rapidamente!
Como você cuida de mim.
A forma como você me pergunta: "tu sabe que eu gosto de ti, né?", e eu, perguntando logo: "tu fez alguma coisa errada?", e você: "é que não sou muito de falar às vezes." Mas pra que falar?
Pra que falar se você sempre demonstra? Demonstra quando por exemplo, sai e não tem vez que ou você não chega com um novo mimo (um elefante, um pingente, uma roupa..., tudo muito bem escolhido! e diz: "Filha, achei tua cara!", ou então quando você diz: "Filha, hoje vamos sair só nós dois para assistir um filme ou sushi." Como não crer que você gosta de mim?
A forma como você sempre quer que eu esteja junto com você. Confesso que às vezes fico cansada porque viver com você é não ter rotina nenhuma e nunca saber o que vai acontecer no dia seguinte, correndo o risco de ter dito "sim" a três ou quatro convites num mesmo dia e aí ficarmos loucos rodando a cidade. Enfim, apesar de ser complicado, como tudo o que você planeja para o seu final de semana, terça à noite, quarta à noite (quinta não rsrs - dia dos homens, já sei), você sempre me coloca, e quando não posso ir você diz: "Não vai ter graça." Gente, como é lindo você!

A tua firmeza em dizer que me escolheu porque eu sou assim: não sou princesa, sou mulher, real, não tenho muitas frescuras, sou mais do que amiga e mais do que uma boa companhia, cheia de defeitos. E a tua forma séria, olhando nos meus olhos, de ter me dito que eu deveria me reconhecer como tal. Nesse dia eu pensei: você me ama mais do que eu mesma. Por falar nisso, isso foi uma das coisas que fez eu gostar mais de você: você pede pra eu não me culpar, pra eu me perdoar, pra eu parar de me criticar. Você me ensina, você é minha autoajuda exterior. Tenho medo disso, mas, confesso, você é muito bom em me fazer bem.

E agora, contarei um segredo seu: você chora. E os motivos pelos quais chora são sempre nobres. Isso demonstra uma sensibilidade que não te inferioriza, mas que te torna muito, muito mais forte. Você chora!

Você chora e não tem medo de planos, não é tabu entre nós o que é do depois: casamento, filhos, profissão, sonhos... Conversar livremente e sem pressões sobre isso. Muito bom, tão bom que às vezes dá medo e a gente pensa: "tá bom, vamos viver mais o agora, né?". É.

O nosso "eu te amo" não foi de graça, do nada... Levou tempo, meses para sair, saiu meio engatado, regado, saiu pra aliviar. Isso me fez cada dia mais te dar mais valor. Temos dificuldades parecidas e é bom ver como caminhamos juntos e tentamos nos ajudar. Eu te agradeço por isso. E te parabenizo também. Um ano comigo deve ser difícil. Mas você conseguiu! Muito obrigada, meu bem, pela companhia, parceria, respeito, apoio e amor.





3 comentários:

Anônimo disse...

Caramba Steff, eu não só li com todo prazer, como tbm chorei. Que lindo a forma que tu escreveu sobre isso, e mais lindo ainda o amor de vcs! Parabeeens!!! Amanda aqui ;)

Gabrielle Freitas disse...

Nossa, que lindos! Uma história real, com seres humanos reais, que se aceitam e se amam como são, sendo jovens, sem pular etapas. Pra mim é extremamente admirável.
Meu relacionamento não é igual, minha história não é igual, afinal Deus tem uma história pra cada um de nós. Mas ter alguém que te quer por perto e quer sua felicidade é muito muito bom. Desejo a vocês toda a felicidade do mundo e toda a leveza da vida.

Diego Campos disse...

Feliz de mais por vocês. Que venham mais 50 anos...isso se Jesus não voltar antes.