"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Não, eu não aguento!

De uns tempos pra cá tudo o que antes me parecia lindo tem perdido todo esse encanto. Eu não encontro nas palavras, nem ditas nem escritas, verdade alguma. Eu não encontro no abraço, no olhar, no reencontro, em lugar algum, aquele mesmo laço que nos unia. Eu tenho perdido o interesse e pra piorar tenho me sentido muito mal no meio. Eu percebo claramente ( e será que é só eu?) as preferências e isso é uma coisa que me machuca porque eu não sou a primeira, nem a segunda, nem a terceira opção, e, pra falar a verdade, no início, pelo menos era o que eu via, não existiam opções, era tudo uma coisa só, mas agora as coisas mudaram. Eu sei que com a teórica maturidade muita coisa some e uma delas é o tempo por conta das mil e uma responsabilidades, compromissos, enfim...
Mas é incrível quando mesmo assim você sente o que é verdadeiro ou não. Todos estão na mesma situação, mas você sente, quando mesmo a distância, uma coisa é pra valer. E dessa vez eu não estou sentindo isso e, dessa vez, vou dar razão à minha intuição, é nesse paradoxo mesmo que eu vou mergulhar. Mais uma vez eu venho com essa conversa: cultivar o que é verdadeiro.
Tantas coisas tem me chateado ultimamente e eu sei que não dá pra parar pra ficar pensando nessas coisas porque se eu pensar nelas all the time eu não vou viver, simples assim. Só que também não consigo viver de ilusão, não consigo ficar "me" colocando na cabeça que não é de um jeito se meu coração está dizendo que é. Então se eu percebo, se eu sinto, pra que prova científica pra dizer que o que eu não posso mostrar é ou não verdadeiro? A maior prova eu já tenho e sou eu mesma. Doe o que tiver que doer, vai doer em mim porque de minha parte foi sincero. Mais alguém vai sentir falta?

- amizade? é assim que você chama? Eu desconheço. Da sua parte eu desconheço e, quer saber?se só tem da minha então não é coisa alguma.

“Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são, também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma perturbação, uma desarmonia, um receio de não se sabe o quê de desconhecido ou que ele nem ousa conhecer, receio duma eventualidade exterior ou receio de si próprio; tal como os médicos dizem de uma doença, o homem traz em estado latente uma enfermidade, da qual, num relâmpago, raramente um medo inexplicável lhe revela a presença interna.” KIERKEGAARD em O Desespero Humano

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