Sobre equilíbrio.
Não sou muito equilibrada (não convencionalmente). Eu tenho uma linha padrão de comportamento com umas curvas bem tortuosas. Eu passo uma semana bacana, uma semana mal, uma semana sei lá e uma semana nem aí... Eu sumo, apareço, eu brigo, eu rio, eu não importo e depois me importo de novo.
Sobre planos.
Faço, desfaço, refaço, altero. Não sigo linha reta, mas me apego a alguns sonhos. Quero família, sim, eu sei que quero. Quero casa simples. Sim, eu sei que quero. Mas os planos para alcançar isso, não tenho mais, estou vivendo, não sei se um dia terei, mas estarei de braços abertos para receber quando o tempo chegar, se chegar, se eu continuar querendo.
Sobre amigos.
Sei que tenho, mas nem sempre sei quem são ou quais são. Tenho amor por eles mais do que às vezes por mim mesma. Quero fazer mais, quero sempre ter mais, mas a cada dia que passa diminuo a lista do meu próximo aniversário (que nunca faço).
Sobre amor.
Tento me convencer de que não estou à procura, mas eu sei que por aí, quando eu ando, dentro do meu peito tem aquele fiozinho de esperança de que a qualquer hora ele pode aparecer, bem ali, na esquina. Tenho medo de ser rejeitada, por isso eu rejeito ou apenas uso, para depois me torturar. Ainda não sei amar.
Sobre medos.
Tenho poucos sérios e alguns bem bestas: galinha, aranha, barata e altura. Da morte e da solidão. Solitude sim, solidão não.
Sobre Deus.
Graça e misericórdia definem minha relação. É a única coisa de que tenho certeza.
Sobre meus dias.
Não sei onde vou dormir, não sei pra onde vou amanhã. Eu deduzo, mas a qualquer hora posso mudar, sou de veneta.
Sobre o passado.
Não estou assombrada, lido com ele, não volto atrás.
Sobre lembranças.
Eu revelo fotos, eu guardo e-mails, cartas, pedaços de folhas, cartas, presentes, é tudo parte de mim, seja bom ou seja ruim.
Sobre fins.
Acabou, acabou. Seguir, sobretudo, adiante.
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