O problema virou-se contra a problemática.

Eu briguei, briguei, briguei! Chorei, chorei, chorei. Reclamei muito, criei teorias e conceitos, parâmetros. E hoje, me vejo dentro daquilo que nunca quis, que nunca gostei.

Já sofri muito por ter visto pessoas que eu amava tanto se distanciando de mim. Simplesmente parecendo esquecer, colocando-me em 3º ou 4º plano... E agora, quando chega uma hora em que você acorda e se depara com tantas responsabilidades e pouco tempo até para respirar, alguém como eu, que sabe a importância da presença em qualquer relação que haja amor, fica decepcionada e triste consigo mesma por saber que não está suprindo as necessidades que um relacionamento frágil e forte ao mesmo tempo, como a amizade ou o namoro, necessitam.

Não estou tendo tempo suficiente nem pra mim mesma... Não estou odiando isto, muito pelo contrário, tenho que agradecer por estar realizando tudo o que eu lutei para conseguir, além do mais, eu tinha uma leve ideia das dificuldades que isso me traria. Pois é, apenas tinha uma leve ideia, pois não imaginam o quanto este fardo está pesado!

Eu sempre preguei a ideia que pelo menos um recadinho no bendito orkut demonstram que você se lembra, se preocupa e ama seu amigo. Que um telefonema de vez em quando é importante. E que uma visita aqui ou acolá é necessária... Mas está quase impossível fazer isso! E me sinto muito mal por não está cuidando dos meus amigos, da minha família e algumas vezes do meu namoro. Sei que não estou 100% presente nesses convívios sociais. Mas eu me preocupo, amo mesmo. E sei que nem mil ligações, ou mil recados superam o abraço e as horas de conversa sobre coisas relevantes, fofoquinhas e piadas.