"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Não esperar nem (des)esperar.



Durante estes dias estou pensando em muitas coisas: sobre o quanto temos que seguir em frente mesmo quando nos sentimos culpas (e livrar-se do sentimento de culpa é o primeiro passo), sobre o quanto temos que ter cuidado ao falar com as pessoas, principalmente sobre assuntos que lhe doem, sobre autoconhecimento e, enfim, sobre isto que acredito que será a pauta: os planos.

Eu sempre tenho planos. Eu sempre planejo. Não estou falando só de sonhos, mas de planos, pensar na época, se ver daqui há alguns anos fazendo isso ou aquilo. Não há nada de errado em planejar, acho, inclusive, que é saudável que a gente tenha pelo menos uma direção. Mas apegar-se aos planos é o que não anda me caindo muito bem.

Por várias vezes planejei coisas incríveis (na minha cabeça, pelo menos) e por erros meus, fatalidades, desencontros, enfim, as coisas não saíram da maneira como eu tinha pensado. E sempre que isso acontecia (espero continuar usando este verbo no passado) eu ficava sem chão.

domingo, 21 de agosto de 2016

Te amar sem te querer [poesia-tentativa]

Quem me dera ler-me de novo em tuas linhas
Como eu gostaria que meu corpo fosse de novo teu papel

Te levar e te guiar por todos os lugares que eu falei
Desfrutar tua companhia, fazer nossas próprias leis

Ver teu sorriso aberto, raro, porém sincero
Sentir teu cheiro e sentir que ele é meu

Quem me dera poder te amar sem reservas
E tua falta só sentir pela distância

Ah, meu amor, quem dera eu pudesse reverter tudo
Refazer tudo, construir tudo de novo, mais uma vez.
Ou te arrancar do meu peito com facilidade
Te amar sem te querer.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Cheio de vazio


Nós sempre queremos ter uma resposta para todos os que nos perguntam o que foi que aconteceu. E acontece que nem sempre sabemos de verdade o que aconteceu, nem sempre temos a certeza, conseguimos descrever, distinguir, discernir. Diante da nossa impotência em acessar aquilo que é mais profundo e que vai ver nem precisa de explicação, nos limitamos a dizer que não nos encontramos no tempo certo e somos apenas bons amigos.

É comum que todos esperem por algo palpável, por um culpado, por alguma falta de respeito. Por algum motivo, por qualquer questão. É possível que em algum momento (ou vários) de nossa vida passemos por este instante onde as coisas não possuem explicações, mas podemos sentir que há um vazio, um espaço que não é preenchido nem com todo o amor, todo o carinho, toda a química e todos os sonhos que existem. Um espaço de dúvida e insegurança que, mesmo que tudo caiba nele (e ainda sobre!), ele continua lá: cheio de nada. E não adianta insistir.

sábado, 13 de agosto de 2016

A gente sabe que vai passar.




Eu sempre estive do outro lado. Do lado que via um problema, ou causava ele, e tentava resolver. E resolver algumas vezes significava abandonar o barco e nadar até a próxima praia (mesmo que isso cansasse e pudesse me matar). Desta vez em momento algum, neste segundo tempo, eu vi o barco afundando. Quando dei por mim, a água já estava acima dos nossos joelhos e fui obrigada a me jogar no oceano. Não me preparei. Ainda queria ficar lá, no barquinho. Não sei para que praia vou, não sei sequer se tenho forças para nadar.

Nos momentos de naufrágio sempre existem as vozes que nos dizem as mesmas coisas que dizemos quando não somos nós os que estão afundando: