"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Joanne está viva.


Joanne absorta no mais recôndito dos seus pensamentos procurava lembranças, palavras, algo que não a deixasse esquecer daquele sorriso, lacônico, bucólico, até mesmo fúnebre. Com ele ela aprendeu a reconhecer a beleza no mais atroz dos sentimentos, pois "o sentir é essencialmente humano", ele dizia, e agora, depois de sua partida, o sentir não passava de uma concepção conspurcada da sua nostalgia. As suas pálpebras pesavam, o seu temor se realçava e a sua paixão por ele a atormentava.

Ensimesmada, decidiu crer com veemência que o passado não podia ser vivido novamente, e por mais triste que fosse, restava apenas esquecê-lo, e lembrar apenas que ela sim, estava viva, e que isso significava aproveitar o seu tempo com avidez, deixar de lado todas as atitudes e as palavras frívolas. Porque, afinal, a existência era para muitos, mas o viver para raros, e ele merecia os dois, mas não estava ali.

Apesar de concluir que isto era o melhor a se fazer, não fez, pois esquecer tudo o que ele fez, tudo o que ele era, seria o estopim para a sua desintegração. Pois ela inteira era ele, ela inteira vivia ele, e sem ele, ela seria apenas ELA, sem enfeites, sem atrativos, como a perda seria também sem sentido.

Joanne jamais se permitirá perder de vista o impreciso horizonte que sua lembrança a traz vez ou outra. Seu passado constituía o seu ser, e era o mais lindo existente. Ela ama com apetência, com avidez, eternamente.
Joanne o ama, o vive. Vive assim.


Steffi de Castro
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Meu segundo conto, o primeiro publicado aqui.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Deliberadamente: saia do meu livro!

Tudo o que eu faço é premeditado, meus erros e meus acertos.
Tenho algumas falhas, obviamente, não posso calcular tudo, mas sempre tenho O plano.
Quando alguma coisa sai dos eixos, sai do meu controle, eu escapo, dou um jeito de fugir, consigo, mas apenas por um tempo. O meu erro sempre volta pra me atormentar.
Vez ou outra alguma coisa que fiz no meu passado não muito distante volta à minha cabeça e me faz sentir nojo de mim mesma. Quando não, eu nem estou pensando nisso, mas aí aparece bem na minha frente o que eu queria esquecer. Existe uma cura pra isso?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Conquistas

Eu tenho 16 anos, vou fazer 17 mês que vem. Mês que vem também faço 2 anos de namoro com a pessoa com quero crescer e viver. Eu passei no vestibular este ano, numa universidade federal daqui do meu estado, mas nem sei se vou cursar, porque ainda não terminei meu ensino médio. Sabe o que isso me lembra?
Eu me sinto como o patinho feio da minha grande família, como a ovelha negra.Eu já fui criticada muitas vezes pela minha família, porque eu dançava, depois porque eu começei a fazer teatro, depois porque eu me converti numa igreja nada convencional, depois porque eu comecei a namorar. Bom, ninguém nunca me disse essas coisas na minha frente, mas eu sei que comentaram. Então, tenho dentro de mim uma necessidade extrema de demonstrar capacidade. De conquistar meu espaço, da minha forma, à minha maneira.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Evite a dor, AME!

Às vezes em meio a alguns problemas nossa cabeça começa a criar armadilhas para nós mesmos. Começamos a acreditar em nossas próprias ilusões, começamos a nos fincar em nossos próprios medos, eles ficam mais fortes e se voltam contra nós. Se não possuirmos uma boa capacidade de nos levantarmos e colocarmos nossas idéias em ordem optamos por decisões impróprias, acreditando que elas serão melhores para nós.